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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

» Pela 1.ª vez, arrecadação bate marca de R$ 1 trilhão ainda em novembro

Ingresso de R$ 20,3 bilhões de receitas do Refis impulsionou arrecadação do governo federal

Laís Alegretti e Adriana Fernandes - Agência Estado


BRASÍLIA - Impulsionada pelo ingresso recorde de R$ 20,3 bilhões de receitas com o Refis (parcelamento de débitos tributários negociado com multinacionais, bancos e seguradoras), a arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal atingiu a marca recorde de R$ 112,517 bilhões de novembro. Houve alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 27,08% ante novembro de 2012. Em relação a outubro deste ano, a arrecadação de novembro apresentou uma alta real de 10,81%, de acordo com dados da Receita Federal, divulgados nesta segunda-feira, 16. Foi o melhor resultado para meses de novembro e a terceira maior arrecadação mensal da história.

A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 110,583 bilhões no mês. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 1,934 bilhão.

Acumulado do ano. Com o Refis, a arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pelo Governo Federal bateu, pela primeira vez, em novembro, a marca de R$ 1 trilhão.

No acumulado do ano até novembro, a arrecadação soma R$ 1,019 trilhão, uma alta real de 3,63% sobre o mesmo período do ano passado.

Sem o Refis, o valor teria ficado abaixo de um trilhão, marca que só seria atingida em dezembro. A concessão de três tipos de parcelamento em novembro foi criticada pelos próprios integrantes do comando da Receita, que veem nesses parcelamentos um problema para a regularidade das obrigações tributárias.

Desonerações. O governo deixou de arrecadar até novembro R$ 70,385 bilhões com as desonerações tributárias. O impacto dos cortes de tributos aumentou 67,79% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado perda de R$ 41,94 bilhões. O maior impacto das desonerações ao longo do ano foi com a folha de salários, que soma até agora R$ 11,97 bilhões.

O governo também deixou de arrecadar R$ 10,524 bilhões com a desoneração da Cide-Combustíveis, medida adotada para diminuir o impacto da alta do preço da gasolina para o consumidor final e para ajudar no controle da inflação. Já a desoneração do IPI soma R$ 10,80 bilhões.

A Receita calculou que o impacto das desonerações em novembro chegou a R$ 7,153 bilhões ante R$ 4,594 bilhões no mesmo mês do ano passado.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,pela-1-vez-arrecadacao-bate-marca-de-r-1-trilhao-ainda-em-novembro,173071,0.htm

» Receita abre consulta ao último lote do Imposto de Renda 2013

Bianca Pinto Lima

Com quase uma semana de atraso, a Receita Federal abriu hoje, a partir das 9 horas, a consulta ao último lote de restituições do Imposto de Renda 2013. As devoluções finais e de outros cinco lotes residuais (de 2008 a 2012) somarão R$ 2,7 bilhões e contemplarão 2,2 milhões de contribuintes.

O depósito será dividido em duas datas, contrariando o calendário da Receita – que previa o repasse total em um único dia. Nesta segunda-feira, dia 16, será realizado o pagamento para 467,8 mil pessoas, somando R$ 500 milhões. Já no dia 20, um segundo depósito beneficiará 1,7 milhão de pessoas, totalizando R$ 2,2 bilhões.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita, ou ligar para o Receitafone (146). Também é possível realizar a consulta por meio de aplicativos para tablets e smarthphones, com sistemas operacionais Android e iOS (Apple). Caso o valor não seja creditado, a pessoa deve procurar qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a central de atendimento (4004-0001 ou 0800-729-0001).

Em comunicado, o Fisco afirmou que “a liberação do último lote em duas datas permitiu contemplar o maior número possível de restituições, incluindo inclusive aqueles contribuintes que foram liberados da malha durante o mês de dezembro.”

MALHA FINA. Essa última lista serve como uma confirmação para a malha fina. Quem não for relacionado neste lote, nem nos anteriores, precisará regularizar a situação fiscal antes de receber a restituição nos chamados lotes residuais.

Neste ano, o Fisco detectou erros ou omissões em 711,3 mil documentos, contra 604,3 mil em 2012 e 569,7 mil em 2011. A omissão de rendimentos permanece no topo do ranking, seguida por imprecisões nas despesas médicas, ausência de Declaração do Imposto Retido na Fonte (DIRF) e inconsistências relacionadas à previdência privada.

Pela internet, é possível acessar um extrato da declaração no portal e-CAC e checar as pendências – que podem ser corrigidas por meio de uma retificadora.  O procedimento é basicamente o mesmo de uma declaração comum (leia abaixo o perguntas e respostas).

Caso discorde do erro e consiga comprovar os dados declarados, o contribuinte poderá escolher entre aguardar a intimação do Fisco ou agendar pela internet data e local para apresentar os documentos e, assim, antecipar a análise da declaração. No entanto, se julgar que o contribuinte não está com a razão, a Receita cobrará uma multa de ofício, que varia de 75% a 150% do valor do imposto devido. O agendamento para declarações do exercício 2013 começa a partir do primeiro dia útil de 2014.

“Se a pessoa viu que tem pendências e sabe que o erro foi dela, então basta fazer a retificadora. Mas se o erro não partiu dela, então é necessário agendar a visita ou aguardar a notificação. Se o contribuinte, por exemplo, teve um problema grave de saúde e somou R$ 30 mil em gastos médicos em 2013, o Fisco com certeza vai brecar a declaração. Mas se a pessoa tiver todos os comprovantes em mãos, basta marcar a visita”, explica o consultor da área de Imposto de Renda da IOB Folhamatic, Edino Garcia.

SEM MEDO DA MALHA FINA

Veja abaixo as respostas às principais dúvidas sobre a malha fina, elaboradas em parceria com a tributarista Elisabeth Lewandowski Libertuci.

Como sei se cai na malha fina?
Quem enviou a declaração do Imposto de Renda 2013 pode checar, a qualquer momento, se há erros que levam o documento à malha. A Receita Federal disponibiliza o extrato da declaração no portal e-CAC.

Como faço para corrigir os erros?
Se identificar problemas, o contribuinte poderá solucioná-los mediante a apresentação de uma declaração retificadora. Quanto mais cedo for feita a correção, mais rapidamente será regularizada a situação. O procedimento é basicamente o mesmo de uma declaração comum. A única diferença é que na ficha “Identificação do Contribuinte” deve ser informado que se trata de uma retificadora.

Assim que entregar a retificadora já estarei fora da malha?
Não. A retificadora significa tão somente a alteração espontânea de dados entregues pelo contribuinte. O Fisco analisará esses novos dados e só irá retirar a pessoa da malha se estiver de acordo.

Estar na malha significa que obrigatoriamente terei de pagar multa e juros?
Não. Se a pessoa estiver em situação de saldo de imposto a restituir e mesmo com a retificadora se mantiver nesta situação, embora com apuração de saldo menor, não há incidência de juros ou multa.

Qual o valor da multa?
Se fizer a autorregularização, por meio do site da Receita Federal, o contribuinte estará sujeito a uma multa menor, de até 20% do imposto devido. Se esperar a notificação do Fisco, poderá pagar uma multa de ofício, que varia de 75% a 150% do valor.

Qual o prazo máximo para retificar uma declaração?
Cinco anos, mas é importante que o contribuinte realize o processo rapidamente, assim poderá evitar juros e multas.

Na retificação eu posso alterar o modelo de tributação?
Não. A retificadora deve ser entregue no mesmo modelo (completo ou simplificado) utilizado na declaração original. É fundamental que o contribuinte possua o número do recibo de entrega da declaração anterior.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://blogs.estadao.com.br/entenda-seu-ir/2013/12/16/receita-abre-hoje-consulta-ao-ultimo-lote-do-imposto-de-renda-2013/

» Corte na tarifa de luz é comprometido por quatro Estados

São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco estão cobrando ICMS do subsídio dado pelo governo federal

Renée Pereira - O Estado de S.Paulo


O esforço do governo federal para reduzir as tarifas de energia elétrica está sendo comprometido pela legislação tributária de alguns Estados. Os governos de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul decidiram cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) sobre os subsídios dados pela União para garantir a queda média de 20% na conta de luz do brasileiro. Resultado: o desconto que alguns consumidores têm direito está sendo corroído pelo imposto estadual. Além disso, trata-se de uma bitributação, avaliam executivos.

A medida é uma tentativa de aliviar a perda de arrecadação dos Estados, provocada pela queda da conta de luz. No ano passado, o governo federal decidiu antecipar a renovação dos contratos de concessão (que venceriam a partir de 2015) das geradoras para diminuir a tarifa de eletricidade - uma das mais altas do mundo. Em cadeia nacional, a presidente Dilma Rousseff prometeu queda média de 20% na conta dos brasileiros.

O porcentual, entretanto, considerava 100% de adesão das geradoras, o que não ocorreu. Três empresas (Cemig, Cesp e Copel) não aceitaram as condições impostas e o governo teve de bancar a redução por meio de repasses para as distribuidoras. Em janeiro, foi publicado o Decreto 7891, que regulamentou os subsídios para as tarifas de energia elétrica. A medida estabeleceu que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - um fundo criado com recursos arrecadados dos brasileiros na conta de luz e também com recursos do Tesouro Nacional - arcaria com os descontos nas tarifas.

Foram beneficiados setores, como atividade de aquicultura e irrigação, consumidores rurais, cooperativas de eletrificação rural e grandes consumidores livres que usam fontes alternativas (solar, eólica e biomassa). Com as novas regras, os Estados correram para publicar decretos (com exceção de São Paulo, que já tinha lei específica) e pareceres legalizando a cobrança de ICMS sobre a subvenção nas tarifas. O decreto de Pernambuco, por exemplo, é de junho deste ano. O governo pernambucano está cobrando conta retroativa desde fevereiro. No caso do Mato Grosso do Sul, a cobrança será feita desde maio.

Procuradas, apenas a Secretaria da Fazenda de São Paulo enviou comunicado afirmando que a cobrança tem amparo do Poder Judiciário e que não existe nenhuma ação do Estado no sentido de cobrar valores retroativos. "Contudo, as concessionárias têm obrigação legal de efetuar o recolhimento", afirmou a secretaria. Em outras palavras, quem não fez a cobrança dos meses passados terá de fazê-la agora. As distribuidoras também foram questionadas sobre a tributação, mas afirmaram que apenas recolhem do consumidor o ICMS com base nas exigências estaduais.

Reuniões. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca, afirmou que o assunto será pauta de reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta segunda-feira. Segundo dados da associação, dos R$ 12,9 bilhões referentes a aportes e provisionamentos da CDE para as distribuidoras, R$ 3,3 bilhões referem-se a subsídios do governo para essas classes de consumo. "A agência precisa se manifestar sobre essa cobrança de ICMS. Nos parece uma bitributação."

Outro que entrou na briga para reverter o problema é a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). "Estão cobrando sobre um desconto concedido, por exemplo, para incentivar energias renováveis. É um imposto sobre um desconto", reclamou o presidente da associação, Reginaldo Medeiros. O executivo pediu reunião com a Aneel e com as secretarias da Fazenda e de Energia de São Paulo para tentar reverter a situação, mas não descarta a possibilidade de discutir o assunto na Justiça.

Para o tributarista e ex-coordenador de Administração Tributária da secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Clóvis Panzarini, a cobrança sobre os subsídios concedidos pelo governo é legal - e aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária. Na opinião dele, a subvenção representa uma receita para a distribuidora e, portanto, está sujeita à tributação. No setor elétrico, no entanto, os especialistas têm outro entendimento.

Repasse. Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, não deveria haver tributação sobre os descontos na conta de luz. "Mas não temos competência sobre o ICMS. O que temos obrigação de fazer é determinar a forma como os valores serão repassados para o consumidor. A distribuidora não pode definir aleatoriamente como será o repasse."

Esse é um ponto que tem incomodado o presidente da comercializadora de energia Comerc, Cristopher Vlavianos. A reclamação dele não está no mérito da legalidade ou não da tributação. "Se a cobrança ficar caracterizada como um novo tributo, as distribuidoras podem pleitear com o Poder Concedente a revisão das tarifas, visando a manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão."

Mas o que está ocorrendo, diz ele, é que as distribuidoras estão repassando os custos aos consumidores, notadamente os consumidores livres e especiais que compram energia proveniente de fontes incentivadas. Em alguns casos, o repasse das distribuidoras para os consumidores livres representou aumento de 2,85% no custo total da energia.

No mercado, a principal preocupação é que os Estados estendam a cobrança para os demais repasses da CDE. Neste ano, por causa do baixo volume de água nos reservatórios, a conta de operação das termoelétricas ficou bem salgada e o governo teve de aportar, por meio da CDE, recursos nas distribuidoras.

Além disso, o fato de Cemig, Cesp e Copel não aceitarem renovar o contrato de algumas usinas provocou um rombo no caixa das concessionárias, que também teve de ser coberto pelo governo federal. Segundo um executivo do setor, as secretarias estão de olho nesses repasses. No governo federal, no entanto, a cobrança do ICMS sobre os subsídios é uma novidade.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,corte-na-tarifa-de-luz-e-comprometido-por-quatro-estados-,1109069,0.htm

» Mercado corta previsão de crescimento do PIB para 2,30% em 2013

Previsões para a produção industrial brasileira em 2013 também passaram por mais uma rodada de baixa, segundo pesquisa Focus

Célia Froufe - Agência Estado


BRASÍLIA - As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 voltaram a cair no relatório de mercado Focus do Banco Central divulgado neta segunda-feira, 16. A mediana para o indicador deste ano passou de 2,35% para 2,30%. Há um mês estava em 2,50%. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,10%, como estava também há quatro semanas, para 2,01% agora.

As previsões para a produção industrial brasileira em 2013 também passaram por mais uma rodada de baixa. A mediana das projeções para este indicador foi revisada de 1,63% na semana passada para 1,61% agora - um mês atrás estava em 1,70%. Já para 2014, houve um aumento da estimativa de 2,25% para 2,31% - um mês antes estava em 2,50%.

 Para o câmbio, as expectativas voltaram a subir. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 passou de R$ 2,30 para R$ 2,33. A cotação era de R$ 2,27 um mês antes. Para o final de 2014, as previsões para o dólar aumentaram de R$ 2,40, como estavam também há um mês, para R$ 2,43 agora.

No caso do câmbio médio, a taxa ficou estacionada em R$ 2,17 para o final de 2013 de uma semana para outra. Há quatro semanas estava em R$ 2,16. Foi detectado um leve ajuste para 2014, com a mediana das estimativas passando de R$ 2,37 para R$ 2,38 - quatro semanas atrás, estava em R$ 2,35.

Taxa básica de juros. As estimativas para a Selic em 2014 foram mantidas. A mediana das previsões para os juros básicos da economia está parada em 10,50% ao ano pela terceira semana consecutiva. A Selic média para o ano que vem, no entanto, aumentou de 10,31% para 10,38%. Há um mês, a taxa estava em 10,25%. Não há mais reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2013.

Superávit comercial. A mediana das previsões do mercado financeiro definhou mais um pouco para a balança comercial, que deverá ter saldo positivo de apenas US$ 1,19 bilhão este ano, e não mais de US$ 1,25 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 1,20 bilhão para o comércio internacional brasileiro.

Já para 2014, o mercado demonstrou uma melhora do humor ao aumentar a mediana esperada para o saldo de US$ 7,45 bilhões para US$ 7,85 bilhões. Mesmo assim, o resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 8 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente foi mantida em US$ 80 bilhões para este ano, como estava na semana passada. Um mês antes, a previsão era de um déficit de US$ 79,55 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 72,35 bilhões para US$ 71,30 bilhões. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 70,50 bilhões para 2014.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 53 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 70 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB não sofreu ajustes nem para 2013 e nem para o ano que vem. Nos dois casos, a taxa ficou estacionada em 34,60%, como já constava na semana anterior. Também nos dois casos, a variação vista um mês atrás era de 34,55%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,mercado-corta-previsao-de-crescimento-do-pib-para-230-em-2013,173022,0.htm

» Dólar opera em queda com leilão e exterior

Na semana, mercado aguarda definição do Fed sobre continuidade de programa de estímulos monetários

Fernando Travaglini, Silvana Rocha e Célia Froufe - Agência Estado


SÃO PAULO - O dólar à vista abriu o dia em leve queda e ampliou a queda com o aumento de oferta da moeda por bancos, depois da venda pelo Banco Central do lote integral de US$ 496,7 milhões em swap cambial.

O ajuste também acompanhou a perda de força da moeda dos EUA em relação a divisas ligadas a commodities no exterior, disse um operador de câmbio um banco. Por volta de 10h17 o dólar à vista estava na mínima, a R$ 2,3280, queda de 0,30%. Às 11h15, o dólar operava em baixa de 0,17%, a R$ 2,3310.

A semana começa sob a expectativa em torno da reunião de dois dias do Federal Reserve, que tem início amanhã e pode marcar o início do desmonte dos estímulos monetários à economia norte-americana. Por mais que os investidores tenham se preparado para uma mudança, é esperada volatilidade após o anúncio, na tarde de quarta-feira, seja qual for a decisão. Até lá, há ainda importantes indicadores aqui e lá fora que devem garantir ainda mais instabilidade aos mercados.

No câmbio, há ainda a apreensão com a estratégia que será adotada pelo Banco Central brasileiro para a continuidade do programa de hedge, que será anunciado até sexta-feira, com base justamente na decisão do Fed. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, informou na semana passada que manteria a realização dos leilões em 2014. Ele adiantou, porém, que a instituição promoverá ajustes nas operações.

Leilão diário. O Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje na operação programada diária, no valor total de US$ 496,7 milhões.

Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,dolar-opera-em-queda-com-leilao-e-exterior,173034,0.htm

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

» Varejo volta a financiar o consumidor

Movimento ocorre depois do fim das parcerias com os bancos e deve ampliar o risco de crédito para as lojas e afetar taxa de juro e prazos

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - As lojas voltaram a financiar as compras a prazo do consumidor por meio de cartões próprios, carnês e boletos, depois do fim de muitas parcerias com bancos nos últimos anos. Com a ascensão das classes de menor renda, o cadastro dos clientes que compravam a prazo nas redes de lojas chegou a ser a noiva mais cobiçada pelos bancos, que assediaram o varejo para financiar as carteiras de crédito.

Mas, com a alta do calote do consumidor e o achatamento dos spreads (diferença entre o custo de captação e do empréstimo), esse filão ficou desinteressante para as instituições bancárias. Elas ficaram sem margem para bancar esse crédito. Segundo o Banco Central, a inadimplência nesse segmento atingiu em maio do ano passado o pico de 9,4% dos créditos a receber.

O que se vê agora é um movimento em sentido contrário dos últimos anos. Pressionados pela necessidade de vender, muitos varejistas voltaram a assumir o risco de conceder crédito para os clientes, que tinha sido terceirizado para os bancos.

Sinais da retomada do duplo papel do varejo - emprestar dinheiro para poder vender - já aparecem nos dados de crédito do Banco Central (BC). Desde o 3.º trimestre de 2012, as concessões de crédito para empresas com recursos livres - que envolve desconto de duplicatas, cheques e cartão de crédito -, são crescentes ante igual período do ano anterior. Isso significa que o varejista está buscando recursos no mercado para bancar a venda a prazo.

No 3.º trimestre deste ano, o acréscimo dessas linhas atingiu 16,62% em relação ao mesmo período de 2012, com destaque para antecipação para o cartão de crédito (50%), aponta levantamento feito com base em dados do BC pela economista-chefe do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.

Ritmo menor. Em contrapartida, o ritmo de alta das concessões de financiamentos para o consumidor comprar "outros bens", que inclui eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo, exceto carros, e representa o crédito dos bancos dado nas lojas, perdeu fôlego. No 3.º trimestre de 2012, os financiamentos aprovados pelos bancos para a compra desses itens crescia 11,22% ante mesmo período de 2011. No 3.º trimestre deste ano essa taxa desacelerou para 5,82% na comparação anual. A variação é praticamente igual à inflação do período. Isso significa que não houve avanço real na linha de crédito.

"A maior evidência de que os bancos estão preferindo emprestar às empresas e não tomar o risco do consumidor é que o desconto de pagamento parcelado subiu fortemente nos últimos meses", diz Luiza.

O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., explica que o casamento não funcionou porque a inadimplência aumentou. "Os bancos perceberam que precisavam também da margem gorda do varejo para que a conta fechasse. Só a margem financeira não era suficiente."

Com o aumento do calote, as lojas perderam vendas. É que, no caso das parcerias que foram mantidas, os bancos apertaram os critérios de aprovação de novos créditos de tal forma que tornaram os negócios inviáveis.

Na varejista de materiais de construção C&C, por exemplo, houve nos últimos meses um avanço na participação do cartão de crédito comum nas vendas, conta o diretor-geral da rede, Osvaldo Leivas. O aumento da fatia do cartão ocorreu para bancar as vendas financiadas por bancos. Por três anos, a rede tinha parceria com o Itaú, rompida em meados de 2012.

Na avaliação de um varejista que prefere não ser identificado, o grande perdedor da saída dos bancos do crédito para compras dentro das lojas é o consumidor. É que o custo para o próprio varejista buscar crédito no mercado para repassar aos clientes é maior que o dos bancos. Isso significa juros maiores na ponta. Além disso, sem o banco, a capacidade da loja de alongar prazos é menor.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,varejo-volta-a-financiar-o-consumidor,171491,0.htm

» Analistas reduzem previsão de inflação em 12 meses para 6,09%

Segundo o boletim Focus, para o final deste ano, a mediana para o IPCA passou de 5,82% para 5,81%

Célia Froufe, da Agência Estado


BRASÍLIA - Na reta final de 2013, analistas do mercado financeiro apresentaram poucos ajustes em suas projeções para a taxa de inflação oficial do País. A principal mudança do boletim Focus desta segunda-feira, divulgada pelo Banco Central, foi nas estimativas para o IPCA acumulado em 12 meses, que passou de 6,14% para 6,09%. Há quatro semanas, estava em 6,21%.

Vale lembrar que na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou uma nova alta do juro básico Selic, para 10% ao ano, o que deve ajudar a controlar a inflação.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,80%, e não mais em 5,86% como estava uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,88%. No caso de 2014, esse mesmo grupo não revisou a expectativa para a inflação oficial do ano que vem, que deve fechar em 5,68%. Um mês atrás, a projeção era de 5,60%.

Para o final deste ano, a mediana para o IPCA passou de 5,82% para 5,81%. Há quatro semanas estava em 5,85%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação foi mantida em 5,92% não só de uma semana para outra, como também estava um mês. A estimativa para o IPCA de novembro foi recalculada de 0,65% para 0,64%. A taxa é levemente menor do que a esperada um mês atrás, de 0,67%. No caso da mediana das estimativas para o índice em dezembro, houve manutenção da taxa de em 0,72% ante o porcentual de 0,70% registrado quatro semanas antes.

Juros. Logo após a decisão do Copom de elevar a Selic, profissionais do mercado financeiro decidiram manter suas estimativas para o indicador em 2014. A mediana das previsões para os juros básicos da economia na pesquisa divulgada hoje congelou em 10,50% ao ano. Com o aumento da quarta-feira passada, 25 de novembro, a taxa oficial está em 10% ao ano.

A Selic média para o ano que vem, no entanto, aumentou de 10,28% para 10,31%, ainda fruto do ajuste feito na última pesquisa Focus do BC. Há um mês, a taxa estava em 10,25%. Sem mais reuniões pela frente este ano, a previsão para o final de 2013 ficou obviamente estacionada em 10,00% ao ano - a Focus nem traz mais o número em sua tabela.

Câmbio. As expectativas para o câmbio estão pausadas para 2013 e 2014. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 estacionou em R$ 2,30, como já constava na pesquisa Focus da semana passada. A cotação era de R$ 2,25 um mês antes. Para o final de 2014, as previsões para o dólar ficaram estancadas em R$ 2,40 pela 14ª semana consecutiva.

Produção industrial. Continua consistente a trajetória de queda das expectativas do mercado financeiro para a produção industrial deste ano. A mediana das projeções para este indicador em 2013 foi revisada mais uma vez para baixo, saindo de 1,70% na semana passada para 1,69% agora - um mês atrás estava em 1,77%. Para 2014, no entanto, houve estabilidade da estimativa em 2,50%, mesmo nível visto uma semana e também um mês antes.

Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2,50% pela sexta semana consecutiva. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,10% para 2,11% de uma semana para outra - há quatro semanas estava em 2,13%. 

Superávit comercial. A mediana das previsões do mercado financeiro definhou mais um pouco para a balança comercial, que deverá ter saldo positivo de apenas US$ 1,30 bilhão este ano, e não mais de US$ 1,40 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 1,90 bilhão para o comércio internacional brasileiro.

Também para 2014, o mercado demonstrou mau humor ao reduzir a mediana esperada para o saldo de US$ 8,10 bilhões para US$ 7,85 bilhões. O resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 9,25 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente passou de US$ 79,60 bilhões para este ano para US$ 79,85 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 71,50 bilhões para US$ 71,80 bilhões. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 79 bilhões para 2013 e de US$ 72,70 bilhões para 2014.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 51 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 68 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB sofreu leves ajustes. Para 2013, passou de 34,55% para 34,60%, segundo os analistas consultados pela Focus. Um mês antes, o mercado aguardava a proporção de 34,50% para o resultado deste ano. Para 2014, a pesquisa revelou que o porcentual passou de 34,60% para 34,50%, a mesma vista um mês antes.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,analistas-reduzem-previsao-de-inflacao-em-12-meses-para-609,171529,0.htm

» Gasolina mantém vantagem sobre etanol

Mesmo que reajuste de 4% no valor do combustível na refinaria chegue aos postos, abastecer com gasolina compensará em 20 Estados e no DF

Marina Gazzoni - O Estado de S.Paulo


O reajuste de 4% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado na última sexta-feira pela Petrobrás, é insuficiente para tornar o etanol competitivo na maioria dos Estados brasileiros. Se o preço do combustível subir na mesma proporção na bomba, ainda assim será mais vantajoso para o motorista abastecer com gasolina do que com etanol em 20 Estados e no Distrito Federal, aponta levantamento feito pelo 'Estado' com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Hoje abastecer com etanol é vantajoso apenas em quatro Estados brasileiros - São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná-, segundo dados da ANP que indicam os preços médios de etanol e gasolina nos postos de combustíveis na última semana.

A conta considera que abastecer com etanol só vale a pena quando o valor do combustível custar menos do que 70% do preço cobrado pela gasolina, já que o carro gasta mais litros de etanol para percorrer a mesma distância do que o volume utilizado de gasolina.

Considerando uma média simples dos preços cobrados pelos dois combustíveis em todos os Estados na semana passada, o reajuste da gasolina para tornar o etanol competitivo no País seria de 13,12% na bomba.

O Estado onde o etanol está em maior desvantagem em relação à gasolina é Roraima. Lá o custo médio por litro é de R$ 2,74, ante R$ 3,00 o litro da gasolina. Só valerá a pena abastecer com etanol no Estado se a gasolina subir 30%.

Já no Piauí o reajuste necessário na gasolina para motivar o consumidor a abastecer com etanol seria de 27,76% e, no Amapá e em Sergipe, de 25% e 24%, respectivamente, aponta o levantamento do Estado.

Os Estados onde há a maior possibilidade de o reajuste da gasolina fazer o dono de um carro flex trocar o combustível, hoje mais vantajoso, pelo etanol são Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Nestes Estados, basta um aumento de cerca de 1,3% no preço da gasolina para o etanol ser mais competitivo, segundo cálculos do Estado.

Subsídio. Os usineiros atribuíram a perda da competitividade do etanol ao subsídio da gasolina pela Petrobrás, que vende no Brasil o combustível abaixo dos preços internacionais.

A diferença entre o valor pago para importar gasolina e o valor recebido para vender o combustível no Brasil sai do caixa da própria Petrobrás e levou a uma corrosão do resultado financeiro da estatal. A prática faz parte de uma tentativa do governo de segurar a inflação.

Como a maioria da frota brasileira é flex, o subsídio à gasolina tem impacto direto na demanda por etanol. O setor está há anos sem investir em novas usinas e cerca de 10% das 400 unidades existentes estão paradas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Para a Unica, o reajuste de 4% na gasolina, anunciado na sexta-feira, "poderia significar uma leve e pontual melhora na competitividade do etanol".

A entidade, no entanto, ressaltou, em comunicado, que o reajuste de 8% no diesel, também anunciado na sexta-feira, "elimina qualquer benefício em potencial para o etanol que o aumento da gasolina pudesse produzir".

O diesel é um dos insumos mais importantes para a produção de etanol, já que a colheita e a atividade nas usinas são processos mecanizados e abastecidos com diesel.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gasolina-mantem--vantagem-sobre-etanol--,1103104,0.htm

» 'Não vejo fusão de digital e tradicional’, diz novo executivo da Publicis

Rede do grupo Publicis será comandada por executivo com passagens pelos grupos Rhodia, Citibank e Vivo

Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo


Na quarta-feira da semana passada, um dia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, para o mercado brasileiro, a fusão mundial entre os grupos Publicis e Omnicom - um negócio de US$ 35 bilhões que formou o maior grupo global de agências -, uma das redes da Publicis, a Publicis Worldwide, anunciou a contratação de um presidente para a operação brasileira.

O executivo Roberto Lima, que até 2011 foi presidente da Vivo, vai comandar uma rede que concentra nove operações, incluindo as agências Talent, QG, Razorfish, Salles Chemistri e Publicis Brasil. Ele também será membro do conselho mundial da Publicis Worldwide, na França.

Lima, que passou os últimos dois anos como conselheiro em seis empresas, veio para assumir a operação brasileira após o comando da Publicis Worldwide perceber que não conseguiria mais administrar à distância o negócio no País.

O executivo diz que não está chegando para fazer mudanças radicais na Publicis Worldwide e não vê espaço para fusões. Embora seja "verde" no setor de publicidade, as passagens pelos grupos Telefônica, Citibank e Rhodia lhe deram experiência do outro lado da mesa de negociações sobre campanhas publicitárias - a dos clientes. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o sr. estava fazendo após deixar a Vivo?

Eu deixei a Vivo em julho de 2011. Naquele momento tomei a decisão de que encerraria a carreira de executivo para participar de conselhos de administração. Estava servindo a seis conselhos: Pão de Açúcar, Natura, Telefônica, Rodobens, a francesa Edenred e a Naspers, na África do Sul. A Naspers tem o Buscapé e uma participação de 30% na Editora Abril no Brasil. Fiz um pouco de aconselhamento também, mas não estava satisfeito.

O que lhe interessou no setor publicitário?

Comecei numa metalúrgica, na área de sistemas. Depois fui para a Rhodia, que é química e têxtil. Depois vieram Accor, de hotel e serviços, e Citibank, na área de cartões de crédito. E finalmente a Vivo. Acho que o convite me atraiu não só por ser um setor novo, mas também por sua importância na sociedade. Aquilo que as empresas dizem à comunidade pode ter impacto forte. O consumidor não quer só fazer uma boa escolha. Ele quer aprender, entender e usar da melhor forma possível (o produto).

Como a sua experiência corporativa pode ser aplicada?

A publicidade tradicional no Brasil é forte, criativa e reconhecida internacionalmente. Mas o brasileiro gosta das novas mídias, como as redes sociais. Temos 260 milhões de celulares no País, que são o último objeto do qual as pessoas se despedem antes de dormir e o primeiro que veem pela manhã. Gostaria de ajudar a descobrir como esse canal pode complementar a mídia de massa.

A experiência na Vivo pode ajudar nisso?

Acho que sim. Na Vivo, tivemos experiência em serviços de valor agregado. Era uma visão muito além de só manter as pessoas conectadas para falar e ter acesso à internet. A experiência em hotelaria, na Accor, me ajudou a ter uma sensibilidade muito grande sobre o consumidor.

O sr. terá o papel de ajudar a orquestrar a integração entre Publicis e Omnicom na sua rede de agências?

Nem comecei, tenho muito o que entender antes de me preocupar com o que não está sob minha gestão. O que está sob minha gestão são as agências da Publicis Worldwide. Esse é o meu ambiente trabalho no momento.

Qual será seu papel no relacionamento com os clientes?

Fui cliente de agências por muito tempo, como executivo. Por isso, talvez seja mais fácil entender e me colocar na posição do cliente.

O sr. sai dos conselhos ao assumir esse cargo?

Tenho um acordo com a Publicis de que vou permanecer em alguns conselhos. Ainda não posso dizer quais, pois tenho de conversar com as empresas.

O sr. acredita em convergência entre agências digitais e tradicionais?

Acho que é difícil que a gente consiga fazer integração entre uma agência digital e uma tradicional. São traços culturais muito fortes, que exigem capacidades diferentes. É possível fazer um trabalho de sinergia para que as duas mídias se complementem.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,nao-vejo-fusao-de-digital-e-tradicional-diz-novo-executivo-da-publicis,1103057,0.htm

» Vencedor do Nobel de Economia alerta para bolha em ações nos EUA e imóveis no Brasil

Reuters

Um dos norte-americanos que venceram o Prêmio Nobel de Economia de 2013 acredita que as fortes altas nos preços do mercado de ações dos Estados Unidos e do setor imobiliário em algumas cidades do Brasil podem provocar uma perigosa bolha financeira.

Robert Shiller venceu o prêmio com outros dois norte-americanos por pesquisas sobre preços do mercado acionário e bolhas de ativos.

"Ainda não estou soando o alarme. Mas, em muitos países, as bolsas de valores estão em um nível alto e preços subiram com força em alguns mercados imobiliários", disse Shiller à revista alemã Der Spiegel na edição deste domingo. "Isso pode acabar mal", acrescentou.

"Estou preocupado principalmente com o 'boom' do mercado acionário dos EUA, também porque nossa economia ainda está fraca e vulnerável", disse, acrescentando que os setores financeiro e tecnologia podem estar sendo superestimados.

Ele também apontou os valores "drasticamente" altos de propriedades no Rio de Janeiro e em São Paulo, no Brasil, nos últimos cinco anos.

"Lá, me senti um pouco como nos EUA em 2004", disse, acrescentando que tem ouvido argumentos sobre oportunidades de investimentos e o crescimento da classe média que já havia escutado nos EUA perto do ano 2000.

O colapso do mercado imobiliário dos EUA ajudou a motivar a crise financeira global de 2008 e 2009.

"Bolhas são assim. E o mundo ainda está muito vulnerável a uma", disse.

As bolhas são criadas quando investidores não reconhecem que os crescentes preços de ativos se distanciaram de fundamentos econômicos.

(Por Madeline Chambers)

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,vencedor-do-nobel-de-economia-alerta-para-bolha-em-acoes-nos-eua-e-imoveis-no-brasil,1102991,0.htm