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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

» Dólar abre em leve queda, inverte e opera perto da estabilidade

Já para a inflação em 2013, pesquisa Focus reduziu previsão para 5,82%

Eduardo Cucolo - Agência Estado

BRASÍLIA - Economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus mantiveram a previsão para a taxa Selic em 2013 em 10% ao ano. Já para o fim de 2014, a mediana das projeções subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. A taxa Selic está hoje em 9,50% ao ano. A expectativa agora é de que suba para 10,00% ao ano na próxima reunião do Copom, na quarta-feira, 27, de acordo com a mediana da Focus.

A projeção para a Selic média em 2013 segue em 8,38% ao ano há cinco semanas. Para 2014, a taxa média subiu de 10,25% para 10,28% ao ano. Há quatro semanas estava em 10,25% ao ano.

Nas estimativas do chamado Top 5 da pesquisa a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 10,00% ao ano há 12 semanas. Para 2014, está em 11,00% ao ano há duas semanas. Há quatro semanas estava em 10,50% ao ano.

Inflação. A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 caiu de 5,84% para 5,82%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,83%. Para 2014, a projeção subiu de 5,91% para 5,92%. Há quatro semanas, estava em 5,92%. A projeção de inflação para os próximos 12 meses segue em 6,14%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 6,22%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo segue em 5,86%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas se mantém em 5,68%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,88% para 2013 e 5,74% para 2014.

PIB. A previsão de crescimento da economia neste ano continua em 2,50%, no Focus. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 2,10%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,50% e 2,13%.

A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 foi mantida em 1,70%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 2,50%, mesmo porcentual da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,80% para 2013 e de 2,39% em 2014 para o setor.

Os analistas mantiveram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34,55%. Há quatro semanas, estava em 34,50%. Para 2014, subiu de 34,55% para 34,60%. Há quatro semanas, estava em 34,50%.

Câmbio. A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 subiu de R$ 2,27 para R$ 2,30 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus. Há quatro semanas, a projeção era de R$ 2,25. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,40 há 12 semanas.

Transações correntes.  mercado financeiro elevou a previsão para o déficit em transações correntes em 2013. A pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano subiu de US$ 79,55 bilhões para US$ 79,60 bilhões.

Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas passou de US$ 70,50 bilhões para US$ 71,50 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 79,00 bilhões para 2013 e em US$ 73,35 bilhões para 2014.

Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 1,20 bilhão para US$ 1,40 bilhão. Quatro semanas antes, estava em US$ 1,97 bilhão. Para 2014, a projeção subiu de US$ 8,00 bilhões para 8,10 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 8,50 bilhões.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 (está no mesmo valor há 50 semanas). Para 2014, também foi mantida em US$ 60,00 bilhões. Está no mesmo valor há 67 semanas.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,mercado-eleva-para-105-projecao-para-juro-basico-em-2014,170795,0.htm

» Dólar abre em leve queda, inverte e opera perto da estabilidade

Moeda-norte-americana se alinhou à alta do dólar no mercado futuro, puxada após acordo de países do Ocidente com o Irã

Fernando Travaglini e Eduado Cucolo, da Agência Estado

SÃO PAULO - O mercado de câmbio interno abriu nesta segunda-feira, 25, com o dólar em leve queda no mercado à vista, cotado a R$ 2,2820 (-0,13%), antes de rumar para o terreno positivo para uma máxima de R$ 2,290 (+0,22%). O desempenho à vista se alinhou à alta do dólar no mercado futuro, que é puxada pela valorização da divisa no exterior devido ao acordo entre potências mundiais e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.

Por volta de 10h40, o dólar operava perto da estabilidade, em alta de 0,04%, a R$ 2,2860.

A divisa dos EUA aponta valorização ante o euro e o iene, após o Irã ter aceitado congelar temporariamente seu programa de enriquecimento de urânio num acordo com Estados Unidos e mais cinco potências mundiais, obtendo em troca o alívio de sanções que reprimem a economia do país. A expectativa imediata é de que a queda do petróleo poderia ajudar na recuperação da economia norte-americana.

Aqui, a leve queda inicial do dólar à vista ocorreu com pouca liquidez e refletindo expectativas de ingressos de recursos, além da influência dos leilões de swap cambial. 

No leilão diário, o Banco Central vendeu nesta segunda-feira, 25, os 10 mil contratos de swap cambial ofertados para o vencimento de 2/6/2014, no valor de US$ 496 milhões, mas rejeitou as propostas para 5/3/2014. A taxa nominal foi de 1,5492% e a linear de 1,533%. O PU mínimo dos contratos negociados para este vencimento ficou em 99,205800. A taxa de corte foi de 80%.

Os contratos negociados pelo BC hoje terão como data de emissão e liquidação o dia 26/11/2013. Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários. 

No começo da tarde, o BC dá continuidade ainda à rolagem do vencimento de pouco mais de US$ 10 bilhões em swap cambial que vencem em 2 de dezembro.

Vale destaque ainda a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa amanhã. Os juros futuros abriram "de lado" na BM&FBovespa, reforçando a convicção de uma nova elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 10% ao ano na quarta-feira, 27. Entre os contratos mais longos, o viés até o momento é de leve alta, com as apostas de duas subidas da taxa básica em 2014, nos encontros de janeiro e fevereiro do próximo ano.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,dolar-abre-em-leve-queda-inverte-e-opera-perto-da-estabilidade,170804,0.htm

» Emendas do Congresso vão custar R$ 22 bi

Com orçamento impositivo, gastos com emendas parlamentares vão quintuplicar em relação ao que vinha sendo efetivamente liberado

Mauro Zanatta - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Na contramão do discurso da presidente Dilma Rousseff e de líderes governistas no Congresso em torno de um pacto para evitar novos gastos, os parlamentares embutiram na lei orçamentária de 2014 uma elevação permanente e obrigatória de despesas em pleno ano eleitoral.

Deputados e senadores incluíram na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, antes mesmo de ter sido aprovado o chamado orçamento impositivo, a execução obrigatória de R$ 8,7 bilhões em emendas individuais.

O gasto efetivo médio com esses pagamentos nos últimos quatro anos somou R$ 4 bilhões, mas para todas os tipos de emendas - setoriais, de bancadas e do relator-geral.

Ou seja, o Congresso mais que dobrou esses gastos, mas, agora, tornando-os compulsórios. Além disso, com o orçamento impositivo, acabou por indexar as emendas individuais a 1,2% da receita corrente líquida da União. A tendência é haver um aumento nominal significativo desses valores.

É um sinal contraditório ao mercado. Isso porque o governo teve de ceder à pressão de sua base política, que ameaçava aprovar vários projetos prevendo gastos altíssimos já em 2014.

A presidente Dilma reuniu o conselho político dos aliados no Congresso e fez pacto para frear projetos da chamada "pauta bomba" de despesas permanentes, como piso para policial, agente de saúde e professor.

Com isso, tentou mandar recados de firmeza no controle dos gastos públicos e garantir o esforço fiscal, principalmente para influenciar os humores do mercado financeiro, atento ao que considera uma deterioração nas contas da União.

Dilma ainda pode vetar o orçamento impositivo, ou parte dele, já que a proposta de emenda constitucional voltou à Câmara após ser aprovada na semana passada pelo Senado.

Gasto per capita. Em 2014, cada um dos 594 deputados e senadores pode indicar R$ 14,68 milhões em gastos de emendas em suas bases eleitorais. No total, serão R$ 21,95 bilhões em emendas do Congresso. O principal motivo do grande volume de emendas é a reestimativa de receitas de R$ 12,11 bilhões promovida pelos parlamentares na lei orçamentária para 2014.

Análise sobre a proposta do orçamento impositivo feita pela Consultoria de Orçamento da Câmara critica a obrigação pura e simples de pagar as emendas individuais por colocar em risco a política fiscal da União.

Essas despesas, hoje consideradas discricionárias, passam a ser classificadas como obrigatórias. "Estaria, assim, impossibilitado de ser contingenciado (bloqueado)", diz, em nota, o diretor Ricardo Alberto Volpe.

Para especialistas, haveria "limitação e constrangimento" do principal instrumento de ajuste do governo para atingir objetivos da política fiscal. "Daí a necessidade de, adotado o modelo, que sejam impostos limites financeiros que preservem o equilíbrio fiscal", diz Volpe.

Especialistas propõem a submissão das emendas individuais a critérios, programas ou iniciativas prioritários, definidos nas leis de diretrizes orçamentárias, ou mesmo no parecer preliminar do projeto de LOA. Com isso, estariam garantidas a "funcionalidade e efetividade do sistema de planejamento e orçamento" da União.

Especialistas em orçamento avaliam haver razão para um meio termo na relação entre Congresso e governo, já que os dados desde 2009 mostram baixo nível de pagamento das emendas parlamentares. Em 2009, foram R$ 1,39 bilhão do total de R$ 6,26 bilhões autorizados (22%). Em 2010, R$ 1,96 bilhão de R$ 7,7 bilhões (25%). Em 2011, R$ 2,17 bilhões de R$ 6,76 bilhões (32%).

Na comparação com a receita corrente líquida da União, os pagamentos de emendas chegaram, no máximo, a 0,415% do total em 2010, resultado bem inferior aos 1,2% agora embutidos na nova lei orçamentária.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,emendas-do--congresso-vao--custar-r-22-bi-,1100280,0.htm

» ‘Mercado requer atenção do investidor’, diz gestora do Banco do Brasil

Mercado financeiro deve ser marcado pela liquidez no ano que vem, de acordo com Takahashi

Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo

O presidente da BBDTVM, gestora de fundos do Banco do Brasil (BB), Carlos Massaru Takahashi, não vê facilidade no cenário de investimento. "A gente ainda olha o mercado com bastante volatilidade, o que requer atenção do investidor", afirma. A gestora de fundos é a maior do País, e administra R$ 483,29 bilhões - detém 20,61% do mercado.

Takahashi também é vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar de a poupança estar com captação recorde neste ano, ele diz que a indústria de fundos ainda é competitiva. "Os fundos que estão disponíveis concorrem tranquilamente com a poupança."

A conversa com Takahashi faz parte de uma série de entrevistas do Estado com os principais gestores de recursos de bancos. A seguir os principais trechos da entrevista.

Qual sua expectativa para a taxa de juros? 

Acredito numa elevação da taxa de juros (Selic) na casa dos 10% este ano por causa das últimas manifestações do Banco Central. E, no ano que vem, enxergo alguma coisa como 10,25%. Essa alta se deve a uma inflação, ainda sob controle, mas persistente num patamar de 6%, nível que a gente imagina que vá permanecer ao longo de 2014.

Por que a inflação vai se manter persistente?

Temos alguns cenários que nos levam a essa conclusão. O real deve ficar um pouco mais depreciado por causa da questão internacional e de uma 'reprecificação' do risco soberano do País. Ou seja, a pressão inflacionária deve continuar, assim como a necessidade de manter um aperto monetário maior. Mas não estamos falando de um choque amplo (na alta dos juros).

Qual é a avaliação da economia internacional?

Para o ano que vem, a gente continua acreditando no crescimento disseminado das principais economias, como é o caso dos Estados Unidos. A Europa vai continuar saindo da recessão. O Japão ainda deve ter um avanço interessante. E a China, com todas as medidas estruturais que estão sendo adotadas pelo governo local, deve ter um crescimento próximo de 7,5%.

Qual será o impacto da normalização da política do Federal Reserve, o Fed, banco central dos Estados Unidos?

A retirada dos estímulos pelo Fed deverá ser gradual, mesmo que ela comece em dezembro. Isso pode fazer com que se tenha um ajuste de fluxos (na economia mundial) um pouco mais tênue do que alguns analistas acreditam.

Diante desse cenário, como ficam os investimentos?

A gente ainda olha o mercado com bastante volatilidade, o que requer atenção do investidor. Em 2014, ainda vai se valorizar bastante a liquidez. E não é possível pensar num cenário de longo prazo sem ver um risco maior. Também enxergamos oportunidades nos prazos mais curtos. É onde temos procurado atuar. A gente tem buscado esse foco, com uma posição conservadora e pé no chão na renda fixa.

Quais são essas estratégias de investimento na renda fixa?

Faz mais sentido uma opção mais leve em juros prefixados e inflação. Nessa estratégia, há um enfoque muito forte na liquidez e estamos evitando posições sujeitas a um nível de volatilidade maior.

E no cenário de longo prazo da renda fixa?

Os fundos de crédito privado e os ativos vinculados à infraestrutura podem ser considerados uma oportunidade bastante interessante por causa dos incentivos tributários desses produtos.

Como o sr. analisa o investimento na renda variável?

De forma geral, na renda variável é preciso um enfoque na gestão ativa. Os fundos setoriais e de dividendos, por exemplo, continuam sendo boas alternativas, além dos fundos stock picking (estratégia de seleção de ativos). Com o crescimento das economias mundiais, também temos uma agenda exportadora pela frente, e as empresas do setor podem ser favorecidas na Bolsa.

Quais setores o sr. acha que podem se beneficiar?

A gente espera um cenário positivo para os setores de siderurgia, mineração e papel e celulose, porque são ligados à exportação.

E as apostas nas empresas focadas no mercado doméstico?

Tivemos uma safra de bons resultados no terceiro trimestre em termos de fundamentos de diversos segmentos. Mas chamou muito a atenção o desempenho do setor financeiro e de educação. Recentemente, os dois IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) na área de educação - o da Ser Educacional e da Anima Educação - foram muito bem sucedidos. E, no setor financeiro, é possível notar nos balanços que as principais instituições conseguiram fazer um bom trabalho na questão da eficiência. Os bancos melhoraram bastante a estrutura de resultados.

Para 2014, o que muda da estratégia deste ano? 

A gente faz uma contínua revisão da estratégia de investimento. Os ajustes em parte das nossas carteiras está sendo realizado e ocorreu especialmente neste segundo semestre quando passamos a ter uma nova perspectiva da Bolsa, com algum nível de recuperação.

A poupança tem batido recorde de captação este ano. Vale a pena investir num fundo? 

No cenário que a gente trabalha hoje, vale com certeza. O investidor recorre à poupança por várias razões, mas, às vezes, ele não se dá conta de que a poupança tem aniversário. Então, se ele saca o dinheiro fora do aniversário, perde toda a rentabilidade. Ao contrário, na indústria de fundos, se o investidor saca depois de 15 dias, ele vai ter a rentabilidade do período, ainda que esteja sujeito a todos os custos que a indústria tem. Nesse patamar de juros, indiscutivelmente as instituições financeiras têm opções de fundos para conseguir preservar o capital do investimento e obter um retorno.

Mas os custos da indústria de fundo estão sendo reduzidos?

Já tivemos um movimento grande (de redução) no período em que houve uma sinalização de que a taxa de juros chegaria a 8,5% ao ano. Houve uma grande discussão no mercado sobre a competitividade da indústria de fundos em relação à poupança para manter o equilíbrio entre as duas alternativas. Naquela época, o governo implementou a sistemática do redutor. Mas hoje, com a taxa de juros atual, os fundos que estão disponíveis concorrem tranquilamente com a poupança.

Antes se falava no ganho de 1%. Qual é novo número que o investidor deve buscar?

Falava-se muito em 1%, fazendo uma conta fácil, porque o mercado acaba encontrando alguns números cabalísticos ou de referência para ficar mais fácil. O investidor espera sempre que a aplicação proporcione algo acima da inflação, tenha um prêmio de risco, além de uma terceira variável, que é a competência do gestor. Hoje, eu acho que o investidor tem de olhar todos esses aspectos.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mercado-requer-atencao-do-investidor-diz-gestora-do-banco-do-brasil,1100316,0.htm

» Saiba como ganhar dinheiro com a internet em debate na ‘TV Estadão’

Envie suas dúvidas sobre comércio eletrônico para o próximo ‘Estadão Negócios Interativos’, que vai ao ar nesta quarta, às 10h


Economia & Negócios


SÃO PAULO - Como aproveitar as ferramentas da internet para abrir ou ampliar o seu negócio? Quais as oportunidades oferecidas pelo comércio eletrônico no mercado brasileiro? Essas perguntas serão respondidas em debate ao vivo no Portal doEstadão nesta quarta-feira, 27, às 10hs.

O programa faz parte do "Estadão Negócios Interativos", que reúne economistas, empresários e empreendedores para discutir assuntos econômicos relevantes e responder questões dos internautas sobre o ambiente de negócios. A série tem o apoio do HSBC.

Os dois convidados desta vez serão Helisson Lemos, diretor geral do MercadoLivre Brasil, e Ana Julia Ghirello, principal executiva do portal bomnegocio.com.

O MercadoLivre é um dos 50 sites mais visitados do mundo e o décimo site de e-commerce mais acessado do planeta. É líder em visitantes únicos em todos os países da América Latina e lidera o comércio eletrônico no Brasil, onde atua desde 1999.

O Bom Negócio está presente em mais de 26 países e faz parte do grupo de mídia norueguês Schibsted Media.

As perguntas para os convidados podem enviadas pelo e-mail estadaonegocios@estadao.com.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,saiba-como-ganhar-dinheiro-com-a-internet-em-debate-na-tv-estadao,170737,0.htm

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

» Após 4 quedas seguidas, inadimplência do consumidor sobe 3,7% em outubro

Economistas da Serasa Experian atribuem a alta da inadimplência a fatores sazonais como o maior volume de vendas pelo Dia da Criança e o maior número de dias úteis em relação a setembro

Gabriela Lara, da Agência Estado

SÃO PAULO - O Indicador de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta segunda-feira (18) pela Serasa Experian, registrou alta de 3,7% em outubro em relação a setembro. Este foi o primeiro avanço do indicador após quatro quedas mensais consecutivas. No acumulado de janeiro a outubro de 2013, ante o mesmo intervalo do ano anterior, o índice recuou 0,6%, representando a primeira queda histórica da série para o período.

Em nota distribuída à imprensa, os economistas da empresa atribuem a alta da inadimplência do consumidor em outubro a fatores sazonais como o maior volume de vendas pelo Dia da Criança e o maior número de dias úteis em relação a setembro. Por isso, o resultado não pode ser interpretado como uma reversão de tendência do atual momento de diminuição dos níveis de inadimplência dos consumidores, segundo o texto.

A aceleração do indicador em outubro foi puxada pelas dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia, água, etc.), que tiveram variação positiva de 5,1%. Já a inadimplência com os bancos subiu 0,9%, os títulos protestados cresceram 16,8% e o número de cheques sem fundos aumentou 10,6%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,apos-4-quedas-seguidas-inadimplencia-do-consumidor-sobe-37-em-outubro,170272,0.htm

» Com poucos ajustes, mercado reduz previsão para inflação em 2013 e 2014

Na pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, analistas também reduziram projeções para o desempenho da produção industrial e do superávit da balança comercial

Célia Froufe - Agência Estado

BRASÍLIA - Analistas do mercado financeiro apresentaram poucos ajustes em suas projeções para a taxa de inflação oficial do País. Conforme o relatório de mercado Focus, publicado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 passou de 5,85% para 5,84.%. Há quatro semanas estava em 5,83%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação caiu de 5,93% para 5,91% de uma semana para outra, enquanto a taxa vista um mês atrás era de 5,94%.

A estimativa para o IPCA de novembro foi recalculada de 0,67% para 0,66%. A taxa é levemente menor do que a esperada um mês atrás, de 0,67%. No caso da mediana das estimativas para o índice em dezembro, houve aumento da taxa de 0,70% para 0,71% ante o porcentual de 0,70% registrado quatro semanas antes.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,86% como já estava a taxa vista uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,88%. No caso de 2014, porém, esse mesmo grupo revisou com bastante ênfase a expectativa para a inflação oficial do ano que vem, passando de 5,61% para 5,68% esta semana. Um mês atrás, a projeção era de 5,74%.

Superávit comercial. A balança comercial será ainda mais fraca este ano do que o imaginado inicialmente. Pelo relatório Focus, o saldo comercial será de US$ 1,20 bilhão, e não mais de US$ 1,55 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 2 bilhões para o comércio internacional brasileiro.

Também para 2014, o mercado demonstrou mau humor ao reduzir a mediana esperada para o saldo de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões. O resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 8,20 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente passou de US$ 79 bilhões neste ano para US$ 79,55 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 70,80 bilhões para US$ 70,50 bilhões. Esta é a quinta rodada seguida de revisões na mesma direção, de acordo com a pesquisa Focus. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 74,40 bilhões.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 49 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 66 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB ficou estacionada em 34,55% para 2013, segundo analistas consultados pela Focus. Um mês antes, o mercado já aguardava esta proporção para o resultado deste ano. Para 2014, a pesquisa também chegou à marca de 34,55%, a mesma vista um mês antes, mas a mediana estava em 34,40% para o fim de 2014 na semana anterior.

Câmbio. Depois de um período de congelamento das expectativas, os analistas do mercado financeiro promoveram ajustes em suas planilhas para o comportamento do câmbio. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 subiu de R$ 2,25, como já constava uma semana e um mês antes, para R$ 2,27 agora. Para o final de 2014, no entanto, as previsões para o dólar ficaram estancadas em R$ 2,40 pela 11ª semana consecutiva.

Já no caso do câmbio médio, houve uma curiosa inversão do comportamento das previsões, já que, para 2013, a taxa ficou estacionada em R$ 2,16 pela quarta semana consecutiva. No caso de 2014, foi detectado um leve ajuste, com a mediana das estimativas passando de R$ 2,33 para R$ 2,35 - quatro semanas atrás, estava em R$ 2,34.

Selic. Uma semana antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os analistas mantiveram suas estimativas para a taxa básica de juros, a Selic. A previsão para o final de 2013 ficou estacionada em 10,00% ao ano pela quarta semana consecutiva. Atualmente, a Selic está em 9,50% ao ano.

No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das previsões para os juros básicos da economia seguiu em 10,25% aa de uma semana para outra. Também há quatro levantamentos a mediana não sai deste patamar. Sem mudanças nas estimativas, foram mantidas as médias deste ano (8,38%) e também a média para 2014 (10,25%). Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente em 8,38% e 10,19% ao ano. 

Produção industrial. Continua em trajetória firme de queda a mediana das previsões do mercado financeiro para a produção industrial. A mediana das expectativas para este indicador em 2013 foi revisado para baixo, saindo de 1,72% na semana passada para 1,70% agora - um mês atrás estava em 1,84%. Para 2014, no entanto, houve uma elevação do patamar de 2,42% para 2,50%, mesmo nível visto um mês antes.

Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2,50% pela quarta semana consecutiva. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,11% para 2,10% de uma semana para outra - há quatro semanas estava em 2,20%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,com-poucos-ajustes-mercado-reduz-previsao-para-inflacao-em-2013-e-2014,170271,0.htm

» Clientes gastam mais com serviços bancários

O custo do crédito continua estável, apesar da alta da Selic, e bancos compensam redução de margens financeiras com receita de serviços

Josette Goulart - O Estado de S.Paulo

Os resultados consolidados das grandes instituições financeiras até o terceiro trimestre deste ano mostram que o crédito não está mais caro mesmo com a escalada da taxa Selic, mas o brasileiro está gastando mais com tarifas e serviços bancários.

Na média, a receita com crédito das quatro maiores instituições do país - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander - cresceu apenas 0,05% nos nove primeiros meses do ano, segundo dados consolidados pela Austin Rating, e só não teve um decréscimo em função do forte aumento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil. Já a receita com serviços cresceu na média 12%, com o Itaú Unibanco registrando o maior crescimento no período.

Os bancos não conseguiram acompanhar a forte escalada dos juros futuros e por isso mesmo estão revisando para baixo as projeções que fizeram para o ano. Isso significa que os "spreads", a diferença entre o que o banco paga para ter o dinheiro e o quanto cobra para emprestá-lo a seus clientes, continuam caindo. Alguns analistas entendem que as instituições financeiras não vislumbraram que os juros subiriam tanto e estão perdendo com o descasamento entre os empréstimos que concederam e o aumento de seus custos de captação.

Essa foi a explicação dada pelo Banco do Brasil, na semana passada quando divulgou seus resultados do terceiro trimestre, para revisar suas expectativas pela segunda vez no ano. O banco começou o ano acreditando que as margens financeiras cresceriam entre 7% e 10%. Agora a expectativa é de que cresça entre 2% e 5%. Nos primeiros nove meses, cresceu 2,3%, mesmo com o forte crescimento de 23% da sua carteira de crédito.

No Bradesco, a explicação para a revisão das projeções foi a redução do ritmo de crescimento do crédito. O banco previa ter margens maiores entre 4% a 8% e agora estima um crescimento máximo de 3%. O diretor executivo da instituição, Luiz Carlos Angelotti, explicou durante a teleconferência dos resultados do balanço do terceiro trimestre que o crédito representa 75% destas margens e o crescimento mais modesto do que o previsto no início do ano levaram à revisão das margens.

Itaú e Santander não divulgaram projeções no início do ano. De acordo com o balanço dos dois bancos, as margens estão caindo. O Santander teve uma queda de 10% na sua margem líquida de juros e o Itaú registrou queda de 12%, ao que o banco atribuiu à mudança de mix de sua carteira.

O analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, justamente ressalta esse ponto e diz que todos os bancos estão mais conservadores e crescendo em linhas como consignado, imobiliário e grandes empresas, onde os spreads são menores: "Para crescer em resultado, os bancos estão aumentando a eficiência e focando em serviços."

Apesar do crescimento médio de 12%, as receitas com serviços ainda representam menos de um terço das receitas com crédito. Atingiram, em conjunto, R$ 56,76 bilhões em setembro, ante os R$ 167,8 bilhões de crédito. O Itaú foi o que mais cresceu, com 15,8%, seguido do Bradesco com 14,4%. O diretor do Itaú, Rogério Calderón, disse que este foi uma alta não em função de maior número de clientes, mas porque os clientes estão buscando mais serviços.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,clientes-gastam-mais-com-servicos-bancarios-,1097861,0.htm

» Zona do euro tem maior superávit comercial para setembro desde 1999

A zona do euro teve um superávit comercial de € 13,1 bilhões em setembro, ante saldo também positivo de € 6,9 bilhões em agosto

Sergio Caldas e Fernando Ladeira, da Agência Estado - Agencia Estado

SÃO PAULO - A zona do euro teve um superávit comercial de 13,1 bilhões de euros em setembro, ante saldo também positivo de 6,9 bilhões de euros em agosto e de 8,6 bilhões de euros em setembro do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 18.  

O resultado de setembro é o maior para o mês desde 1999, mas ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam superávit de 14 bilhões de euros.

Conta corrente. O superávit em conta corrente da zona do euro caiu em setembro ante agosto, segundo dados do Banco Central Europeu (BCE, na sigla em inglês).

O saldo em conta corrente, uma medida ampla da posição financeira internacional de uma economia, teve um superávit de 13,7 bilhões de euros em setembro, após um superávit de 17,9 bilhões de euros em agosto.

O superávit do bloco no comércio de bens recuou para 13,7 bilhões de euros em setembro, de 14,7 bilhões de euros em agosto, assim como no setor de serviços a conta caiu para 7,6 bilhões de euros, de 8,2 bilhões de euros no mês anterior. O superávit para a renda caiu para 2,5 bilhões de euros em setembro, de 4,8 bilhões de euros em agosto.

O déficit em transações correntes caiu para 10,9 bilhões de euros no nono mês do ano, de 11,4 bilhões de euros em agosto. Os dados são ajustados por efeitos sazonais e levam em consideração o número de dias úteis de cada mês.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,zona-do-euro-tem-maior-superavit-comercial-para-setembro-desde-1999,170266,0.htm

» Em dia de ajustes, dólar à vista opera em queda

Moeda se alinhou ao desempenho negativo do dólar nos EUA, onde agentes financeiros reduzem posições após indicadores ruins da economia norte-americana

Agência Estado

SÃO PAULO - O dólar abriu nesta segunda-feira, 18, em queda ante o real no mercado à vista, alinhado ao desempenho negativo da moeda norte-americana em relação a seus principais pares no exterior.

Por aqui, o movimento é mais acentuado em ajuste à sexta-feira, 15, quando as bolsas locais ficaram fechadas em função do feriado da Proclamação da República e a moeda dos EUA sofreu com dados mais fracos do que o esperado da indústria norte-americana.

Os indicadores ruins dos Estados Unidos divulgados na sexta-feira reforçaram os sinais dados por Janet Yellen, durante sabatina no Senado na quinta-feira, 14, de que os estímulos à economia podem não ser retirados neste ano. Yellen foi indicada por Barack Obama para ocupar a presidência do Fed em 2014 e a decisão dos senadores deve ser anunciada nesta semana.

O dólar à vista abriu a R$ 2,3030 (-0,73%) no balcão. A moeda renovou mínimas sequenciais, respondendo a um fluxo positivo de entrada de recursos no mercado. Às 10h, o dólar à vista testou uma mínima a R$ 2,280 (-1,72%).

No mesmo horário, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje, no valor de US$ 495,8 milhões - a operação equivale à venda de dólares no mercado futuro. No caso dos papéis que têm prazo mais curto, 5 de março do ano que vem, foram comercializados 250 swaps cambiais, no valor de US$ 12,5 milhões. Em relação aos contratos que vencem em 2 de junho de 2014, foram vendidos 9,750 mil swaps (US$ 483,3 milhões).

Os papéis negociados pelo BC hoje terão como data de emissão e liquidação o dia 19/11/2013. Esta operação com dois vencimentos faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,em-dia-de-ajustes-dolar-a-vista-opera-em-queda,170279,0.htm

terça-feira, 12 de novembro de 2013

» Congresso prevê gasolina mais cara e aumento da carga tributária em 2014

Relatório que será votado nesta terça incorpora itens como a ‘correção de preços’ dos combustíveis, eleva a carga tributária para 25% do PIB e estima IPCA de 5,8%

Mauro Zanatta - O Estado de S. Paulo


BRASÍLIA - Em um cenário menos favorável que o traçado pelo governo para 2014, deputados e senadores incorporaram em suas previsões para o ano da eleição presidencial um aumento da carga tributária e uma nova política de preços da Petrobrás, além de estimativas de inflação maior e crescimento econômico mais modesto.

O parecer da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ser votado em plenário nesta terça-feira, prevê o pagamento de R$ 2,9 bilhões em dividendos das estatais, principalmente por causa da "correção dos preços" nos combustíveis vendidos pela Petrobrás. Os parlamentares consideram esse reajuste dos preços "necessário para viabilizar o elevado volume de investimento da empresa" e lembram que a hipótese, pivô de uma disputa interna no governo, está prevista nas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O texto menciona previsão de "receita nula" para a Cide-Combustíveis em 2014 por causa da "presunção de continuidade" da zeragem da alíquota para "evitar aumento dos preços da gasolina e do diesel na bomba e conter o crescimento da inflação".

A reestimativa de receitas, que antecede o relatório geral da comissão, eleva em R$ 12,1 bilhões os ingressos líquidos da União arrecadados por meio de Imposto de Renda, PIS/Cofins, IOF, pagamento de dividendos de estatais, royalties do petróleo e outorgas em telecomunicações.

O texto reduz de 4% para 3,8% o crescimento do PIB e eleva a carga tributária de 24,8% para 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Estima um IPCA de 5,8% em lugar do índice de 5%, "subestimado" pelo governo. Os parlamentares mantêm a projeção de Selic em 9,5% ao ano e estimam o câmbio em R$ 2,30 por dólar.

O relatório do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lista os aumentos de impostos esperados para o ano eleitoral - R$ 310,5 milhões de PIS-Pasep; R$ 511,8 milhões de CSLL; R$ 1,6 bilhão em Cofins; R$ 186,8 milhões em IPI; R$ 2,37 bilhões em IR e R$ 529,7 milhões em IOF.

Também estima pagamento de R$ 8,4 bilhões em compensações financeiras pela exploração de petróleo e gás natural, fato decorrente, sobretudo, do aumento do câmbio.

A comissão prevê uma "forcinha" ao superávit primário de 2014 ao contar com R$ 3,7 bilhões em receitas de outorga dos serviços de telecomunicações, que somariam R$ 10,08 bilhões. São as novas licenças de serviços de telecomunicações, incluindo TV por assinatura, o leilão da frequência de 700 mega-hertz e as parcelas de licitações ocorridas em anos anteriores, como as relativas às bandas 3G, H e 4G. A outorga com concessão de aeroportos permanece em R$ 1,47 bilhão.

O relatório prevê, ainda, R$ 1 bilhão adicionais à Previdência derivados da contribuição de empresas via formalização do mercado de trabalho e ao aumento real dos rendimentos. Em ano de Copa do Mundo, também estima receita de R$ 37,5 milhões de adicional sobre tarifa aeroportuária e R$ 12 milhões de parcela de tarifa de embarque internacional.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,congresso-preve-gasolina-mais-cara-e-aumento-da-carga-tributaria-em-2014,169864,0.htm

» OSX, de Eike Batista, entregou pedido de recuperação judicial

Empresa do setor naval oficializa o mesmo destino tomado pela petroleira OGX em 30 de outubro

Agência Estado e Reuters


SÃO PAULO - A OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, efetivou nesta segunda-feira, 11, pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A OSX solicitou que o processo fosse distribuído por dependência no processo de recuperação judicial da petroleira OGX. A solicitação depende da avaliação do juiz da 4ª Vara empresarial, Gilberto Clovis Farias Matos.

Documento divulgado pela OSX na última sexta-feira diz que o pedido inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda.

A empresa acompanha o mesmo destino da petroleira OGX, que buscou proteção contra credores em 30 de outubro, listando dívidas de mais de RS$ 11 bilhões.

A empresa também informou, na sexta-feira, a demissão de seu presidente, Marcelo Gomes, da consultoria Alavarez&Marsal, que foi substituído por Ivo Dworschak Filho, função que acumulará com a de diretor de Construção Naval.

O fato relevante não menciona a unidade de leasing da OSX, indicando que ela ficará fora da recuperação judicial. Essa subsidiária encomenda a construção das plataformas de produção de petróleo e depois aluga as embarcações para clientes. Sem estar sob o crivo da Justiça, a unidade poderá vender as unidades que possui e levantar montante bilionário.

As últimas informações abertas davam conta de que a OSX tinha uma dívida de R$ 5,3 bilhões. Desse total, R$ 676,4 milhões são referentes são referentes ao financiamento da plataforma OSX-1 com um sindicato de bancos liderados pelo DVB Group; R$,14 bilhão são relativos a uma dívida do OSX-2 com instituições como Itaú BBA, ING e Santander; a Caixa Econômica Federal (R$1,1 bilhão); o BNDES (R$ 548 milhões) e outros (R$ 260 milhões).

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,osx-de-eike-batista-entregou-pedido-de-recuperacao-judicial,169837,0.htm

» Incentivo a exportadores fica no papel

Medidas anunciadas em abril do ano passado para impulsionar exportações ainda não foram implementadas, e Reintegra acaba este ano

Renata Veríssimo - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - Emperradas na burocracia da máquina pública ou por disputas internas no governo, muitas medidas anunciadas em abril do ano passado para ajudar os exportadores brasileiros ainda não foram implementadas. Um dos capítulos da segunda fase do Plano Brasil Maior - nome dado à política industrial e de comércio exterior do governo Dilma - prometia a ampliação dos financiamentos e facilitação de garantias, sobretudo para pequenas e médias empresas. No entanto, um ano e meio depois, muitas delas ainda estão em discussão.

A urgência na implementação parece ter ficado ainda menor em 2013, depois que o câmbio ficou mais favorável para as empresas e ajudou a frear o ritmo de crescimento das importações. Além disso, o Reintegra, considerado pelas empresas a medida mais importante, está com data para terminar. 

No ano passado, o governo passou a devolver às empresas 3% do valor exportado com manufaturados. Por causa das restrições orçamentárias, o governo anunciou que não renovará a medida, que termina no dia 31 de dezembro. O Reintegra faz parte da primeira fase do Brasil Maior, anunciado em agosto de 2011, mas só entrou em vigor em janeiro de 2012.

Apesar do resultado ruim da balança comercial em 2013, que até outubro apresenta déficit de US$ 1,83 bilhão, a avaliação na equipe econômica é de que os dados da balança comercial foram distorcidos pelos registros atrasados de operações de importações de petróleo que ocorreram em 2012 e pela redução nas exportações da Petrobrás por causa da manutenção das plataformas de petróleo.

O governo espera que, no médio prazo, a exportação de manufaturados seja beneficiada pela depreciação cambial. Outro argumento é que a desoneração da folha de salários das empresas traz ganho de competitividade às exportações. Isso porque ao incidir sobre o faturamento e não mais sobre a folha de salários, a cobrança de tributos não recai sobre as vendas externas.

Custo. "Quero menos câmbio e mais redução de custo", afirmou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A previsão da AEB é de que o déficit comercial de manufaturados será superior a US$ 100 bilhões este ano.

Segundo Castro, o impacto das medidas anunciadas no Brasil Maior foi nulo. "Se você fizer uma avaliação do custo-benefício, o benefício não aparece." Ele também critica a decisão do governo de não renovar o Reintegra. "O Ministério da Fazenda diz que não tem dinheiro para o Reintegra, mas tem para outras coisas que podem gerar votos."

"A não implementação das medidas num momento de maior muita competição internacional redunda na quedas das exportações industriais. Um medida urgente seria a renovação, por vários anos, do Reintegra para que as empresas possam fazer investimentos que garantam as exportações", afirmou Welber Barral, sócio da Barral M Jorge Consultores Associados e ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Entre janeiro de 2012 e 31 de agosto de 2013, a Receita Federal recebeu 9,5 mil pedidos de ressarcimento do Reintegra, totalizando R$ 4,7 bilhões. Segundo o Fisco, R$ 3,2 bilhões foram usados para compensação de débitos de outros tributos, R$ 743 milhões foram ressarcidos em espécie e R$ 864 milhões estão em auditoria fiscal.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,incentivo-a-exportadores-fica-no-papel-,1095721,0.htm

» Oposição cobra investigação de denúncias contra Petrobrás

Empresa estatal é acusada de firmar contrato superfaturado com a construtora Odebrecht

Ricardo Della Coletta, da Agência Estado


BRASÍLIA - Os deputados federais de oposição ao governo classificaram de "gravíssima" a denúncia de contrato superfaturado entre a Petrobrás e a Odebrecht, revelada na semana passada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e cobraram investigação do caso.

"Esse governo tem tido a parceria da ineficiência com a corrupção", afirmou o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP).

"Com essa gravidade, é importantíssimo que haja investigação", cobrou.

A liderança do PSDB na Câmara dos Deputados informou que vai protocolar pedido de investigação, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), para apuração da responsabilidade dos Conselhos Fiscal e de Administração da Petrobrás em relação ao caso. O partido também vai apresentar requerimentos para convidar a presidente da petroleira, Maria das Graças Foster, a explicar o caso em comissões temáticas da Casa.

O Ministério Público que atua no TCU já decidiu que irá ouvir diretores executivos que autorizaram, em 2010, o contrato de US$ 825 milhões da estatal com a Petrobrás.

"Há uma suspeita gravíssima, que envolve um volume milionário na principal empresa pública brasileira", avaliou Nogueira, que preside o diretório estadual do PSDB em São Paulo. "Além da gestão ineficiente, agora (a Petrobrás) está sob a mais larga suspeita de corrupção. É o somatório do ruim com o horrível."

Nomeações políticas. O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (SP), creditou as denúncias "ao aparelhamento" da empresa pelo governo petista. "Tem relação com o aparelhamento por completo", disse. "A Petrobrás deixou de ser uma empresa dirigida por profissionais de alta qualidade e foi entregue."

Rubens Bueno protocolou ontem dois pedidos de informação sobre o caso, um ao Ministério de Minas e Energia e o outro ao TCU. O deputado pede detalhes do contrato sob suspeita de superfaturamento.

Na semana passada, o Broadcast revelou que o contrato, fechado durante a gestão do petista José Sérgio Gabrielli, está sendo investigado por suspeita de superfaturamento. Dentre os pontos do contrato, está o pagamento de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de máquinas de xerox e de outros R$ 3,2 milhões pelo aluguel de terreno próprio da companhia. Segundo auditoria interna, grande parte dos itens analisados apresentava indícios de irregularidades. O contrato foi reduzido quase à metade na gestão de Maria das Graças Foster.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,oposicao-cobra-investigacao-de-denuncias-contra-petrobras,169852,0.htm

» Pedidos de falência sobem para 181 em outubro, diz Serasa

Pedidos aumentaram 16,03%; do total de pedidos do mês passado, 94 foram feitos por micro e pequenas empresas

Beatriz Bulla, da Agência Estado


SÃO PAULO - O número de pedidos de falência em todo o País subiu 16,03%, de 156 em setembro para 181 em outubro, apurou a Serasa Experian. Do total de pedidos do mês passado, 94 foram feitos por micro e pequenas empresas, 39, por médias empresas e 48, por grandes.

"A continuidade da elevação das taxas de juros tem aumentado o custo financeiro das empresas, colocando-as em maiores dificuldades, em um ambiente de baixo crescimento econômico", avaliam os economistas da instituição.

O total de recuperações judiciais requeridas subiu de 75 em setembro para 104 em outubro. A maior parte dos pedidos (82) foi feita pelas micro e pequenas empresas. Na sequência, vieram grandes empresas (12 pedidos) e médias (10).

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,pedidos-de-falencia-sobem-para-181-em-outubro-diz-serasa,169807,0.htm

terça-feira, 5 de novembro de 2013

» Preço de imóvel sobe 11,3% de janeiro a outubro

A alta na cotação do metro quadrado de imóveis prontos supera o índice oficial de inflação (IPCA), estimado em 4,4% desde janeiro

Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo


O mercado imobiliário para compra e venda de apartamentos, tanto usados como novos, está surpreendendo este ano. Entre janeiro e outubro, o preço médio do metro quadrado de imóveis prontos, a maioria usados, subiu 11,3% em 16 cidades brasileiras, aponta pesquisa FipeZap. A base de dados é formada pelos apartamentos anunciados na internet.

A alta de preço dos imóveis neste ano ganhou dos principais índices de inflação no período, de 4,4% projetada para o IPCA de janeiro a outubro, e de 4,58% pelo IGP-M. Além disso, o aumento do preço do metro quadrado superou de longe o rendimento das aplicações financeiras mais comuns.

De janeiro a outubro, o rendimento bruto do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) foi de 6,46%, sem descontar o imposto. O dólar, por sua vez, valorizou-se 9,1% em relação ao real e a poupança teve rendimento líquido de 4,69%. Já os papéis negociados na Bolsa caíram, em média, 11,35% no período.

Fábio Colombo, administrador de investimentos, diz que essa valorização no preço do metro quadrado, comparada à de outros investimentos, deve ser ponderada. "Os imóveis vêm tendo grande recuperação há algum tempo, mas no último ano e meio tem ocorrido uma desaceleração." Ele diz que em regiões do País com menor liquidez, isto é, onde os negócios demoram mais para serem fechados, os preços efetivos são menores. Isso significa que a pesquisa reflete os preços pedidos do metro quadrado pelo vendedor.

De toda forma, os dados da pesquisa FipeZap mostram uma valorização expressiva no ano e no mês. Em outubro, os preços do metro quadrado para a média de 16 cidades subiu 1,3% e foi ligeiramente maior do que em setembro (1,2%).

Dos 16 locais pesquisados, só um, o Distrito Federal, acumulou alta inferior à inflação de janeiro a outubro. O destaque positivo foi Curitiba (33,2%), seguido por Florianópolis (13,1%),Vitória (12,7%), Rio de Janeiro (12,5%), Porto Alegre (12,3%) e São Paulo (11,2%).

 Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap, diz que a alta de preços reflete ainda o bom momento do emprego e da renda no mercado de trabalho, associado à maior oferta de crédito imobiliário. "Um milhão de novas famílias são formadas no País a cada ano. Esse é mais um fator de pressão de preços do lado da demanda."

Apesar do avanço dos preços, o economista explica que a aceleração já foi bem maior. Em 2011, o preço do metro quadrado em sete capitais subiu 26,3%; no ano passado, 12,4% e neste ano até outubro, 10,3%.

Novos. "O mercado imobiliário tem nos surpreendido positivamente este ano", afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação. No início do ano, ele diz que as projeções para a cidade de São Paulo eram de um crescimento entre 5% e 10% no número de lançamentos e vendas de imóveis novos.

As projeções foram refeitas e a expectativa é de alta entre 15% e 20% nos lançamentos e entre 25% e 30%, nas vendas. "Estamos muito bem. Isso é diferente da percepção do resto da economia."

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,preco-de-imovel-sobe-113-de-janeiro-a-outubro-,1093210,0.htm

» Tarifa de energia em residências do Rio subirá 6,2%

As novas tarifas da Light entram em vigor na próxima quinta-feira, 7, para 11 milhões de consumidores

Eduardo Rodrigues, da Agência Estado


BRASÍLIA - As tarifas de energia no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense ficarão em média 3,65% mais caras a partir desta quinta-feira, 7. Esse foi o reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 5, na Terceira Revisão Tarifária Periódica da Light.

Para as residências, o reajuste será maior. A revisão aprovada prevê um aumento de 6,2% da conta de energia de baixa tensão.

Para a alta tensão, haverá uma queda de 1,01%. As novas tarifas entram em vigor nesta quinta-feita para 11 milhões de consumidores da cidade do Rio de Janeiro e municípios da Baixada Fluminense.

Segundo a Aneel, o processo de Revisão Tarifária Periódica "tem como principal objetivo analisar, após um período previamente definido no contrato de concessão (no caso da Light, cinco anos), o equilíbrio econômico-financeiro da concessão". No caso da Light, houve um debate sobre a revisão tarifária entre 8 de agosto e 19 de setembro.

Após o anúncio, as ações da Light lideravam o grupo de maiores altas do Ibovespa, com avanço de 4,11%, cotada a R$ 21,04. O Ibovespa, no mesmo momento, cedia 0,69%, aos 54.059 pontos.

(Com Beth Moreira e Eduardo Rodrigues)

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-geral,tarifa-de-energia-em-residencias-do-rio-subira-62,169357,0.htm


» UE reduz previsão de crescimento do Brasil em 2013 de 3% para 2,2%

A projeção para o PIB brasileiro é pior do que a de outros emergentes, como China e Índia;  para o próximo ano, a previsão caiu de 3,6% para 2,5%

Fernando Nakagawa, correspondente da Agência Estado


LONDRES - A União Europeia (UE) piorou as previsões para o crescimento da economia brasileira. Relatório de projeções de outono da Comissão Europeia divulgado na manhã desta terça-feira, 5, mostra que a estimativa das autoridades do continente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2013 caiu de 3% para 2,2%. A estimativa anterior havia sido feita apenas seis meses atrás, na primavera do Hemisfério Norte.

Com os números, a UE aposta que o Brasil terá desempenho pior que outros emergentes este ano. A União Europeia prevê, por exemplo, expansão do PIB de 7,5% para a China em 2013, 2,9% para a Índia e média de 2,6% para a América Latina. A previsão para a economia brasileira, porém, é melhor que a estimativa de 1,9% para a Rússia e de 1,3% para o México em 2013.

Para a maior parte da Europa, a previsão de crescimento também foi cortada.

A estimativa de um crescimento menor vem em linha com a perspectiva de demais órgãos mundiais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima o PIB potencial do País em 3,5%, projeção 0,75 ponto porcentual abaixo do que os técnicos do Fundo estimavam em anos recentes. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou para baixo as projeções de crescimento da economia brasileira. A previsão agora é de que o País cresça 2,5% neste ano, contra 2,9% do relatório anterior, e 2,2% em 2014, contra 3,5% da estimativa anterior.

Próximos anos. A UE também piorou a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2014. Para o próximo ano, a previsão caiu de 3,6% para 2,5%. A estimativa anterior também havia sido divulgada um semestre atrás, na primavera. Novamente, a previsão para o Brasil está aquém de outros emergentes. Para 2014, a União Europeia trabalha com expansão da economia de 7,4% para a China, 4% para a Índia, 3,1% para o México e 3% para Rússia. A média de expansão do PIB na América Latina deve ser de 3,1% no próximo ano.

A Comissão Europeia divulgou pela primeira vez a expectativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2015, quando a economia deve avançar 3,1%. Confirmado, será o melhor ritmo da atividade no País desde 2010, ano em que o PIB registrou a forte expansão de 7,5%. Apesar disso, abaixo do esperado para outros emergentes: 7,4% para a China, 5,3% para a Índia e 3,4% para a Rússia.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,ue-reduz-previsao-de-crescimento-do-brasil-em-2013-de-3-para-22,169322,0.htm

» Pedidos de falência crescem 25,5% em outubro, calcula Boa Vista

No acumulado do ano houve queda de 2,7% nos pedidos de falência em comparação a igual período de 2012

Agência Estado


SÃO PAULO - Os pedidos de falência no País cresceram 25,5% no mês de outubro em relação a setembro, apurou a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Na comparação com outubro de 2012 foi registrada alta de 16,4%. Já no acumulado do ano até o mês de outubro, houve queda de 2,7% nos pedidos de falência, em comparação a igual período de 2012.

As falências decretadas cresceram 3,3% na comparação com setembro. Ante igual mês do ano anterior, foi verificada alta de 9,3% e, no ano, avanço de 27,1%. Os pedidos de recuperação judicial cresceram 37,3% em outubro ante setembro, 70,4% na comparação com outubro de 2012 e 8,6% no acumulado do ano.

Os deferimentos de recuperação judicial cresceram 13,2% em outubro ante setembro, mas recuaram 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, os deferimentos de recuperação judicial cresceram 32,5%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,pedidos-de-falencia-crescem-255-em-outubro-calcula-boa-vista,169356,0.htm

» Política fiscal do governo sofre ‘ataque especulativo’, diz secretário do Tesouro

Após déficit primário recorde em setembro, secretário Arno Augustin diz que superávit de outubro foi ‘muito bom’ e afirma que meta de economia para pagamento dos juros da dívida será cumprida

Adriana Fernandes - O Estado de S. Paulo


BRASÍLIA - A política fiscal brasileira está sob "ataque especulativo", segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Após a forte reação negativa do mercado financeiro ao déficit das contas públicas em setembro, o secretário rejeitou a avaliação de que os preços dos títulos públicos, das taxas de juros e do câmbio já embutem um prêmio adicional decorrente do risco de piora fiscal no País.

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real daAgência Estado, Augustin informou que o superávit primário das contas públicas de outubro, que só será divulgado no fim do mês, foi "muito bom". A expectativa do governo é de superávits fortes também em novembro e dezembro.

Apesar da total incredulidade da maioria dos economistas, o secretário insistiu na capacidade de o governo entregar no fim do ano a meta de superávit primário de R$ 73 bilhões do governo central - que reúne as contas do Tesouro, INSS e Banco Central.

O superávit primário representa a economia para o pagamento de juros da dívida pública e é visto pelo mercado como um termômetro da seriedade dos governos na contenção de gastos e administração das contas públicas. De janeiro a setembro, o superávit caiu 49% em relação a 2012. Para cumprir a meta, o governo precisa economizar R$ 45 bilhões até dezembro.

O secretário refutou avaliação de que o risco fiscal esteja sendo antecipado pelos mercados. E acrescentou: "Não é verdade que o governo perdeu o controle dos gastos. O conjunto de versões sobre a política fiscal não é compatível com a realidade. Vamos terminar o ano cumprindo a meta e esse tipo de política especulativa não é verdadeira". Ele culpa a imprensa pelo "ataque especulativo".

Nota. Principal responsável pela gestão dos gastos do governo e alvo frequente das críticas, Augustin rejeitou avaliação que ganhou força no mercado desde sexta-feira, após o anúncio do déficit recorde, de risco de rebaixamento do rating brasileiro. Segundo ele, essas notícias são desproporcionais ao que ouve dos representantes das agências de classificação de risco.

Sobre o risco de rebaixamento da nota em 2014, o secretário disse que preferia não comentar. "Acho que as agências têm de ter a tranquilidade de fazer o seu trabalho sem que o governo e eu fiquem dizendo que vai ser isso, vai ser aquilo", justificou.

Confrontado com o fato de que as críticas à política fiscal partem de muitos economistas, entre eles analistas próximos ao governo Dilma Rousseff, o secretário reagiu: "Sou economista e não tenho essa opinião". Na avaliação dele, não houve aumento dos críticos, mas de seu espaço na imprensa.

Sem antecipar detalhes, o secretário informou que o próximo relatório de reprogramação orçamentária, que será divulgado no dia 22, conterá mudanças a serem incorporadas, entre elas a previsão de despesas com seguro-desemprego e abono salarial. Ele assegurou, no entanto, que não está em estudo mudança na meta fiscal deste ano de última hora para acomodar o aumento das despesas.

Augustin disse que o governo colocou travas para controlar as despesas de custeio. O secretário ponderou que há um tempo de execução dessas medidas que não está sendo levado em consideração nas análises. Em defesa dos resultados fiscais, ele disse que as análises negativas não levaram em conta que muitas despesas foram antecipadas e não ocorrerão mais.