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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

» Pela 1.ª vez, arrecadação bate marca de R$ 1 trilhão ainda em novembro

Ingresso de R$ 20,3 bilhões de receitas do Refis impulsionou arrecadação do governo federal

Laís Alegretti e Adriana Fernandes - Agência Estado


BRASÍLIA - Impulsionada pelo ingresso recorde de R$ 20,3 bilhões de receitas com o Refis (parcelamento de débitos tributários negociado com multinacionais, bancos e seguradoras), a arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal atingiu a marca recorde de R$ 112,517 bilhões de novembro. Houve alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 27,08% ante novembro de 2012. Em relação a outubro deste ano, a arrecadação de novembro apresentou uma alta real de 10,81%, de acordo com dados da Receita Federal, divulgados nesta segunda-feira, 16. Foi o melhor resultado para meses de novembro e a terceira maior arrecadação mensal da história.

A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 110,583 bilhões no mês. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 1,934 bilhão.

Acumulado do ano. Com o Refis, a arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pelo Governo Federal bateu, pela primeira vez, em novembro, a marca de R$ 1 trilhão.

No acumulado do ano até novembro, a arrecadação soma R$ 1,019 trilhão, uma alta real de 3,63% sobre o mesmo período do ano passado.

Sem o Refis, o valor teria ficado abaixo de um trilhão, marca que só seria atingida em dezembro. A concessão de três tipos de parcelamento em novembro foi criticada pelos próprios integrantes do comando da Receita, que veem nesses parcelamentos um problema para a regularidade das obrigações tributárias.

Desonerações. O governo deixou de arrecadar até novembro R$ 70,385 bilhões com as desonerações tributárias. O impacto dos cortes de tributos aumentou 67,79% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado perda de R$ 41,94 bilhões. O maior impacto das desonerações ao longo do ano foi com a folha de salários, que soma até agora R$ 11,97 bilhões.

O governo também deixou de arrecadar R$ 10,524 bilhões com a desoneração da Cide-Combustíveis, medida adotada para diminuir o impacto da alta do preço da gasolina para o consumidor final e para ajudar no controle da inflação. Já a desoneração do IPI soma R$ 10,80 bilhões.

A Receita calculou que o impacto das desonerações em novembro chegou a R$ 7,153 bilhões ante R$ 4,594 bilhões no mesmo mês do ano passado.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,pela-1-vez-arrecadacao-bate-marca-de-r-1-trilhao-ainda-em-novembro,173071,0.htm

» Receita abre consulta ao último lote do Imposto de Renda 2013

Bianca Pinto Lima

Com quase uma semana de atraso, a Receita Federal abriu hoje, a partir das 9 horas, a consulta ao último lote de restituições do Imposto de Renda 2013. As devoluções finais e de outros cinco lotes residuais (de 2008 a 2012) somarão R$ 2,7 bilhões e contemplarão 2,2 milhões de contribuintes.

O depósito será dividido em duas datas, contrariando o calendário da Receita – que previa o repasse total em um único dia. Nesta segunda-feira, dia 16, será realizado o pagamento para 467,8 mil pessoas, somando R$ 500 milhões. Já no dia 20, um segundo depósito beneficiará 1,7 milhão de pessoas, totalizando R$ 2,2 bilhões.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita, ou ligar para o Receitafone (146). Também é possível realizar a consulta por meio de aplicativos para tablets e smarthphones, com sistemas operacionais Android e iOS (Apple). Caso o valor não seja creditado, a pessoa deve procurar qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a central de atendimento (4004-0001 ou 0800-729-0001).

Em comunicado, o Fisco afirmou que “a liberação do último lote em duas datas permitiu contemplar o maior número possível de restituições, incluindo inclusive aqueles contribuintes que foram liberados da malha durante o mês de dezembro.”

MALHA FINA. Essa última lista serve como uma confirmação para a malha fina. Quem não for relacionado neste lote, nem nos anteriores, precisará regularizar a situação fiscal antes de receber a restituição nos chamados lotes residuais.

Neste ano, o Fisco detectou erros ou omissões em 711,3 mil documentos, contra 604,3 mil em 2012 e 569,7 mil em 2011. A omissão de rendimentos permanece no topo do ranking, seguida por imprecisões nas despesas médicas, ausência de Declaração do Imposto Retido na Fonte (DIRF) e inconsistências relacionadas à previdência privada.

Pela internet, é possível acessar um extrato da declaração no portal e-CAC e checar as pendências – que podem ser corrigidas por meio de uma retificadora.  O procedimento é basicamente o mesmo de uma declaração comum (leia abaixo o perguntas e respostas).

Caso discorde do erro e consiga comprovar os dados declarados, o contribuinte poderá escolher entre aguardar a intimação do Fisco ou agendar pela internet data e local para apresentar os documentos e, assim, antecipar a análise da declaração. No entanto, se julgar que o contribuinte não está com a razão, a Receita cobrará uma multa de ofício, que varia de 75% a 150% do valor do imposto devido. O agendamento para declarações do exercício 2013 começa a partir do primeiro dia útil de 2014.

“Se a pessoa viu que tem pendências e sabe que o erro foi dela, então basta fazer a retificadora. Mas se o erro não partiu dela, então é necessário agendar a visita ou aguardar a notificação. Se o contribuinte, por exemplo, teve um problema grave de saúde e somou R$ 30 mil em gastos médicos em 2013, o Fisco com certeza vai brecar a declaração. Mas se a pessoa tiver todos os comprovantes em mãos, basta marcar a visita”, explica o consultor da área de Imposto de Renda da IOB Folhamatic, Edino Garcia.

SEM MEDO DA MALHA FINA

Veja abaixo as respostas às principais dúvidas sobre a malha fina, elaboradas em parceria com a tributarista Elisabeth Lewandowski Libertuci.

Como sei se cai na malha fina?
Quem enviou a declaração do Imposto de Renda 2013 pode checar, a qualquer momento, se há erros que levam o documento à malha. A Receita Federal disponibiliza o extrato da declaração no portal e-CAC.

Como faço para corrigir os erros?
Se identificar problemas, o contribuinte poderá solucioná-los mediante a apresentação de uma declaração retificadora. Quanto mais cedo for feita a correção, mais rapidamente será regularizada a situação. O procedimento é basicamente o mesmo de uma declaração comum. A única diferença é que na ficha “Identificação do Contribuinte” deve ser informado que se trata de uma retificadora.

Assim que entregar a retificadora já estarei fora da malha?
Não. A retificadora significa tão somente a alteração espontânea de dados entregues pelo contribuinte. O Fisco analisará esses novos dados e só irá retirar a pessoa da malha se estiver de acordo.

Estar na malha significa que obrigatoriamente terei de pagar multa e juros?
Não. Se a pessoa estiver em situação de saldo de imposto a restituir e mesmo com a retificadora se mantiver nesta situação, embora com apuração de saldo menor, não há incidência de juros ou multa.

Qual o valor da multa?
Se fizer a autorregularização, por meio do site da Receita Federal, o contribuinte estará sujeito a uma multa menor, de até 20% do imposto devido. Se esperar a notificação do Fisco, poderá pagar uma multa de ofício, que varia de 75% a 150% do valor.

Qual o prazo máximo para retificar uma declaração?
Cinco anos, mas é importante que o contribuinte realize o processo rapidamente, assim poderá evitar juros e multas.

Na retificação eu posso alterar o modelo de tributação?
Não. A retificadora deve ser entregue no mesmo modelo (completo ou simplificado) utilizado na declaração original. É fundamental que o contribuinte possua o número do recibo de entrega da declaração anterior.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://blogs.estadao.com.br/entenda-seu-ir/2013/12/16/receita-abre-hoje-consulta-ao-ultimo-lote-do-imposto-de-renda-2013/

» Corte na tarifa de luz é comprometido por quatro Estados

São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco estão cobrando ICMS do subsídio dado pelo governo federal

Renée Pereira - O Estado de S.Paulo


O esforço do governo federal para reduzir as tarifas de energia elétrica está sendo comprometido pela legislação tributária de alguns Estados. Os governos de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul decidiram cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) sobre os subsídios dados pela União para garantir a queda média de 20% na conta de luz do brasileiro. Resultado: o desconto que alguns consumidores têm direito está sendo corroído pelo imposto estadual. Além disso, trata-se de uma bitributação, avaliam executivos.

A medida é uma tentativa de aliviar a perda de arrecadação dos Estados, provocada pela queda da conta de luz. No ano passado, o governo federal decidiu antecipar a renovação dos contratos de concessão (que venceriam a partir de 2015) das geradoras para diminuir a tarifa de eletricidade - uma das mais altas do mundo. Em cadeia nacional, a presidente Dilma Rousseff prometeu queda média de 20% na conta dos brasileiros.

O porcentual, entretanto, considerava 100% de adesão das geradoras, o que não ocorreu. Três empresas (Cemig, Cesp e Copel) não aceitaram as condições impostas e o governo teve de bancar a redução por meio de repasses para as distribuidoras. Em janeiro, foi publicado o Decreto 7891, que regulamentou os subsídios para as tarifas de energia elétrica. A medida estabeleceu que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - um fundo criado com recursos arrecadados dos brasileiros na conta de luz e também com recursos do Tesouro Nacional - arcaria com os descontos nas tarifas.

Foram beneficiados setores, como atividade de aquicultura e irrigação, consumidores rurais, cooperativas de eletrificação rural e grandes consumidores livres que usam fontes alternativas (solar, eólica e biomassa). Com as novas regras, os Estados correram para publicar decretos (com exceção de São Paulo, que já tinha lei específica) e pareceres legalizando a cobrança de ICMS sobre a subvenção nas tarifas. O decreto de Pernambuco, por exemplo, é de junho deste ano. O governo pernambucano está cobrando conta retroativa desde fevereiro. No caso do Mato Grosso do Sul, a cobrança será feita desde maio.

Procuradas, apenas a Secretaria da Fazenda de São Paulo enviou comunicado afirmando que a cobrança tem amparo do Poder Judiciário e que não existe nenhuma ação do Estado no sentido de cobrar valores retroativos. "Contudo, as concessionárias têm obrigação legal de efetuar o recolhimento", afirmou a secretaria. Em outras palavras, quem não fez a cobrança dos meses passados terá de fazê-la agora. As distribuidoras também foram questionadas sobre a tributação, mas afirmaram que apenas recolhem do consumidor o ICMS com base nas exigências estaduais.

Reuniões. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca, afirmou que o assunto será pauta de reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta segunda-feira. Segundo dados da associação, dos R$ 12,9 bilhões referentes a aportes e provisionamentos da CDE para as distribuidoras, R$ 3,3 bilhões referem-se a subsídios do governo para essas classes de consumo. "A agência precisa se manifestar sobre essa cobrança de ICMS. Nos parece uma bitributação."

Outro que entrou na briga para reverter o problema é a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). "Estão cobrando sobre um desconto concedido, por exemplo, para incentivar energias renováveis. É um imposto sobre um desconto", reclamou o presidente da associação, Reginaldo Medeiros. O executivo pediu reunião com a Aneel e com as secretarias da Fazenda e de Energia de São Paulo para tentar reverter a situação, mas não descarta a possibilidade de discutir o assunto na Justiça.

Para o tributarista e ex-coordenador de Administração Tributária da secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Clóvis Panzarini, a cobrança sobre os subsídios concedidos pelo governo é legal - e aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária. Na opinião dele, a subvenção representa uma receita para a distribuidora e, portanto, está sujeita à tributação. No setor elétrico, no entanto, os especialistas têm outro entendimento.

Repasse. Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, não deveria haver tributação sobre os descontos na conta de luz. "Mas não temos competência sobre o ICMS. O que temos obrigação de fazer é determinar a forma como os valores serão repassados para o consumidor. A distribuidora não pode definir aleatoriamente como será o repasse."

Esse é um ponto que tem incomodado o presidente da comercializadora de energia Comerc, Cristopher Vlavianos. A reclamação dele não está no mérito da legalidade ou não da tributação. "Se a cobrança ficar caracterizada como um novo tributo, as distribuidoras podem pleitear com o Poder Concedente a revisão das tarifas, visando a manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão."

Mas o que está ocorrendo, diz ele, é que as distribuidoras estão repassando os custos aos consumidores, notadamente os consumidores livres e especiais que compram energia proveniente de fontes incentivadas. Em alguns casos, o repasse das distribuidoras para os consumidores livres representou aumento de 2,85% no custo total da energia.

No mercado, a principal preocupação é que os Estados estendam a cobrança para os demais repasses da CDE. Neste ano, por causa do baixo volume de água nos reservatórios, a conta de operação das termoelétricas ficou bem salgada e o governo teve de aportar, por meio da CDE, recursos nas distribuidoras.

Além disso, o fato de Cemig, Cesp e Copel não aceitarem renovar o contrato de algumas usinas provocou um rombo no caixa das concessionárias, que também teve de ser coberto pelo governo federal. Segundo um executivo do setor, as secretarias estão de olho nesses repasses. No governo federal, no entanto, a cobrança do ICMS sobre os subsídios é uma novidade.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,corte-na-tarifa-de-luz-e-comprometido-por-quatro-estados-,1109069,0.htm

» Mercado corta previsão de crescimento do PIB para 2,30% em 2013

Previsões para a produção industrial brasileira em 2013 também passaram por mais uma rodada de baixa, segundo pesquisa Focus

Célia Froufe - Agência Estado


BRASÍLIA - As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 voltaram a cair no relatório de mercado Focus do Banco Central divulgado neta segunda-feira, 16. A mediana para o indicador deste ano passou de 2,35% para 2,30%. Há um mês estava em 2,50%. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,10%, como estava também há quatro semanas, para 2,01% agora.

As previsões para a produção industrial brasileira em 2013 também passaram por mais uma rodada de baixa. A mediana das projeções para este indicador foi revisada de 1,63% na semana passada para 1,61% agora - um mês atrás estava em 1,70%. Já para 2014, houve um aumento da estimativa de 2,25% para 2,31% - um mês antes estava em 2,50%.

 Para o câmbio, as expectativas voltaram a subir. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 passou de R$ 2,30 para R$ 2,33. A cotação era de R$ 2,27 um mês antes. Para o final de 2014, as previsões para o dólar aumentaram de R$ 2,40, como estavam também há um mês, para R$ 2,43 agora.

No caso do câmbio médio, a taxa ficou estacionada em R$ 2,17 para o final de 2013 de uma semana para outra. Há quatro semanas estava em R$ 2,16. Foi detectado um leve ajuste para 2014, com a mediana das estimativas passando de R$ 2,37 para R$ 2,38 - quatro semanas atrás, estava em R$ 2,35.

Taxa básica de juros. As estimativas para a Selic em 2014 foram mantidas. A mediana das previsões para os juros básicos da economia está parada em 10,50% ao ano pela terceira semana consecutiva. A Selic média para o ano que vem, no entanto, aumentou de 10,31% para 10,38%. Há um mês, a taxa estava em 10,25%. Não há mais reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2013.

Superávit comercial. A mediana das previsões do mercado financeiro definhou mais um pouco para a balança comercial, que deverá ter saldo positivo de apenas US$ 1,19 bilhão este ano, e não mais de US$ 1,25 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 1,20 bilhão para o comércio internacional brasileiro.

Já para 2014, o mercado demonstrou uma melhora do humor ao aumentar a mediana esperada para o saldo de US$ 7,45 bilhões para US$ 7,85 bilhões. Mesmo assim, o resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 8 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente foi mantida em US$ 80 bilhões para este ano, como estava na semana passada. Um mês antes, a previsão era de um déficit de US$ 79,55 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 72,35 bilhões para US$ 71,30 bilhões. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 70,50 bilhões para 2014.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 53 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 70 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB não sofreu ajustes nem para 2013 e nem para o ano que vem. Nos dois casos, a taxa ficou estacionada em 34,60%, como já constava na semana anterior. Também nos dois casos, a variação vista um mês atrás era de 34,55%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,mercado-corta-previsao-de-crescimento-do-pib-para-230-em-2013,173022,0.htm

» Dólar opera em queda com leilão e exterior

Na semana, mercado aguarda definição do Fed sobre continuidade de programa de estímulos monetários

Fernando Travaglini, Silvana Rocha e Célia Froufe - Agência Estado


SÃO PAULO - O dólar à vista abriu o dia em leve queda e ampliou a queda com o aumento de oferta da moeda por bancos, depois da venda pelo Banco Central do lote integral de US$ 496,7 milhões em swap cambial.

O ajuste também acompanhou a perda de força da moeda dos EUA em relação a divisas ligadas a commodities no exterior, disse um operador de câmbio um banco. Por volta de 10h17 o dólar à vista estava na mínima, a R$ 2,3280, queda de 0,30%. Às 11h15, o dólar operava em baixa de 0,17%, a R$ 2,3310.

A semana começa sob a expectativa em torno da reunião de dois dias do Federal Reserve, que tem início amanhã e pode marcar o início do desmonte dos estímulos monetários à economia norte-americana. Por mais que os investidores tenham se preparado para uma mudança, é esperada volatilidade após o anúncio, na tarde de quarta-feira, seja qual for a decisão. Até lá, há ainda importantes indicadores aqui e lá fora que devem garantir ainda mais instabilidade aos mercados.

No câmbio, há ainda a apreensão com a estratégia que será adotada pelo Banco Central brasileiro para a continuidade do programa de hedge, que será anunciado até sexta-feira, com base justamente na decisão do Fed. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, informou na semana passada que manteria a realização dos leilões em 2014. Ele adiantou, porém, que a instituição promoverá ajustes nas operações.

Leilão diário. O Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje na operação programada diária, no valor total de US$ 496,7 milhões.

Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,dolar-opera-em-queda-com-leilao-e-exterior,173034,0.htm

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

» Varejo volta a financiar o consumidor

Movimento ocorre depois do fim das parcerias com os bancos e deve ampliar o risco de crédito para as lojas e afetar taxa de juro e prazos

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - As lojas voltaram a financiar as compras a prazo do consumidor por meio de cartões próprios, carnês e boletos, depois do fim de muitas parcerias com bancos nos últimos anos. Com a ascensão das classes de menor renda, o cadastro dos clientes que compravam a prazo nas redes de lojas chegou a ser a noiva mais cobiçada pelos bancos, que assediaram o varejo para financiar as carteiras de crédito.

Mas, com a alta do calote do consumidor e o achatamento dos spreads (diferença entre o custo de captação e do empréstimo), esse filão ficou desinteressante para as instituições bancárias. Elas ficaram sem margem para bancar esse crédito. Segundo o Banco Central, a inadimplência nesse segmento atingiu em maio do ano passado o pico de 9,4% dos créditos a receber.

O que se vê agora é um movimento em sentido contrário dos últimos anos. Pressionados pela necessidade de vender, muitos varejistas voltaram a assumir o risco de conceder crédito para os clientes, que tinha sido terceirizado para os bancos.

Sinais da retomada do duplo papel do varejo - emprestar dinheiro para poder vender - já aparecem nos dados de crédito do Banco Central (BC). Desde o 3.º trimestre de 2012, as concessões de crédito para empresas com recursos livres - que envolve desconto de duplicatas, cheques e cartão de crédito -, são crescentes ante igual período do ano anterior. Isso significa que o varejista está buscando recursos no mercado para bancar a venda a prazo.

No 3.º trimestre deste ano, o acréscimo dessas linhas atingiu 16,62% em relação ao mesmo período de 2012, com destaque para antecipação para o cartão de crédito (50%), aponta levantamento feito com base em dados do BC pela economista-chefe do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.

Ritmo menor. Em contrapartida, o ritmo de alta das concessões de financiamentos para o consumidor comprar "outros bens", que inclui eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo, exceto carros, e representa o crédito dos bancos dado nas lojas, perdeu fôlego. No 3.º trimestre de 2012, os financiamentos aprovados pelos bancos para a compra desses itens crescia 11,22% ante mesmo período de 2011. No 3.º trimestre deste ano essa taxa desacelerou para 5,82% na comparação anual. A variação é praticamente igual à inflação do período. Isso significa que não houve avanço real na linha de crédito.

"A maior evidência de que os bancos estão preferindo emprestar às empresas e não tomar o risco do consumidor é que o desconto de pagamento parcelado subiu fortemente nos últimos meses", diz Luiza.

O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., explica que o casamento não funcionou porque a inadimplência aumentou. "Os bancos perceberam que precisavam também da margem gorda do varejo para que a conta fechasse. Só a margem financeira não era suficiente."

Com o aumento do calote, as lojas perderam vendas. É que, no caso das parcerias que foram mantidas, os bancos apertaram os critérios de aprovação de novos créditos de tal forma que tornaram os negócios inviáveis.

Na varejista de materiais de construção C&C, por exemplo, houve nos últimos meses um avanço na participação do cartão de crédito comum nas vendas, conta o diretor-geral da rede, Osvaldo Leivas. O aumento da fatia do cartão ocorreu para bancar as vendas financiadas por bancos. Por três anos, a rede tinha parceria com o Itaú, rompida em meados de 2012.

Na avaliação de um varejista que prefere não ser identificado, o grande perdedor da saída dos bancos do crédito para compras dentro das lojas é o consumidor. É que o custo para o próprio varejista buscar crédito no mercado para repassar aos clientes é maior que o dos bancos. Isso significa juros maiores na ponta. Além disso, sem o banco, a capacidade da loja de alongar prazos é menor.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,varejo-volta-a-financiar-o-consumidor,171491,0.htm

» Analistas reduzem previsão de inflação em 12 meses para 6,09%

Segundo o boletim Focus, para o final deste ano, a mediana para o IPCA passou de 5,82% para 5,81%

Célia Froufe, da Agência Estado


BRASÍLIA - Na reta final de 2013, analistas do mercado financeiro apresentaram poucos ajustes em suas projeções para a taxa de inflação oficial do País. A principal mudança do boletim Focus desta segunda-feira, divulgada pelo Banco Central, foi nas estimativas para o IPCA acumulado em 12 meses, que passou de 6,14% para 6,09%. Há quatro semanas, estava em 6,21%.

Vale lembrar que na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou uma nova alta do juro básico Selic, para 10% ao ano, o que deve ajudar a controlar a inflação.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,80%, e não mais em 5,86% como estava uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,88%. No caso de 2014, esse mesmo grupo não revisou a expectativa para a inflação oficial do ano que vem, que deve fechar em 5,68%. Um mês atrás, a projeção era de 5,60%.

Para o final deste ano, a mediana para o IPCA passou de 5,82% para 5,81%. Há quatro semanas estava em 5,85%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação foi mantida em 5,92% não só de uma semana para outra, como também estava um mês. A estimativa para o IPCA de novembro foi recalculada de 0,65% para 0,64%. A taxa é levemente menor do que a esperada um mês atrás, de 0,67%. No caso da mediana das estimativas para o índice em dezembro, houve manutenção da taxa de em 0,72% ante o porcentual de 0,70% registrado quatro semanas antes.

Juros. Logo após a decisão do Copom de elevar a Selic, profissionais do mercado financeiro decidiram manter suas estimativas para o indicador em 2014. A mediana das previsões para os juros básicos da economia na pesquisa divulgada hoje congelou em 10,50% ao ano. Com o aumento da quarta-feira passada, 25 de novembro, a taxa oficial está em 10% ao ano.

A Selic média para o ano que vem, no entanto, aumentou de 10,28% para 10,31%, ainda fruto do ajuste feito na última pesquisa Focus do BC. Há um mês, a taxa estava em 10,25%. Sem mais reuniões pela frente este ano, a previsão para o final de 2013 ficou obviamente estacionada em 10,00% ao ano - a Focus nem traz mais o número em sua tabela.

Câmbio. As expectativas para o câmbio estão pausadas para 2013 e 2014. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 estacionou em R$ 2,30, como já constava na pesquisa Focus da semana passada. A cotação era de R$ 2,25 um mês antes. Para o final de 2014, as previsões para o dólar ficaram estancadas em R$ 2,40 pela 14ª semana consecutiva.

Produção industrial. Continua consistente a trajetória de queda das expectativas do mercado financeiro para a produção industrial deste ano. A mediana das projeções para este indicador em 2013 foi revisada mais uma vez para baixo, saindo de 1,70% na semana passada para 1,69% agora - um mês atrás estava em 1,77%. Para 2014, no entanto, houve estabilidade da estimativa em 2,50%, mesmo nível visto uma semana e também um mês antes.

Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2,50% pela sexta semana consecutiva. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,10% para 2,11% de uma semana para outra - há quatro semanas estava em 2,13%. 

Superávit comercial. A mediana das previsões do mercado financeiro definhou mais um pouco para a balança comercial, que deverá ter saldo positivo de apenas US$ 1,30 bilhão este ano, e não mais de US$ 1,40 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 1,90 bilhão para o comércio internacional brasileiro.

Também para 2014, o mercado demonstrou mau humor ao reduzir a mediana esperada para o saldo de US$ 8,10 bilhões para US$ 7,85 bilhões. O resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 9,25 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente passou de US$ 79,60 bilhões para este ano para US$ 79,85 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 71,50 bilhões para US$ 71,80 bilhões. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 79 bilhões para 2013 e de US$ 72,70 bilhões para 2014.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 51 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 68 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB sofreu leves ajustes. Para 2013, passou de 34,55% para 34,60%, segundo os analistas consultados pela Focus. Um mês antes, o mercado aguardava a proporção de 34,50% para o resultado deste ano. Para 2014, a pesquisa revelou que o porcentual passou de 34,60% para 34,50%, a mesma vista um mês antes.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,analistas-reduzem-previsao-de-inflacao-em-12-meses-para-609,171529,0.htm

» Gasolina mantém vantagem sobre etanol

Mesmo que reajuste de 4% no valor do combustível na refinaria chegue aos postos, abastecer com gasolina compensará em 20 Estados e no DF

Marina Gazzoni - O Estado de S.Paulo


O reajuste de 4% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado na última sexta-feira pela Petrobrás, é insuficiente para tornar o etanol competitivo na maioria dos Estados brasileiros. Se o preço do combustível subir na mesma proporção na bomba, ainda assim será mais vantajoso para o motorista abastecer com gasolina do que com etanol em 20 Estados e no Distrito Federal, aponta levantamento feito pelo 'Estado' com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Hoje abastecer com etanol é vantajoso apenas em quatro Estados brasileiros - São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná-, segundo dados da ANP que indicam os preços médios de etanol e gasolina nos postos de combustíveis na última semana.

A conta considera que abastecer com etanol só vale a pena quando o valor do combustível custar menos do que 70% do preço cobrado pela gasolina, já que o carro gasta mais litros de etanol para percorrer a mesma distância do que o volume utilizado de gasolina.

Considerando uma média simples dos preços cobrados pelos dois combustíveis em todos os Estados na semana passada, o reajuste da gasolina para tornar o etanol competitivo no País seria de 13,12% na bomba.

O Estado onde o etanol está em maior desvantagem em relação à gasolina é Roraima. Lá o custo médio por litro é de R$ 2,74, ante R$ 3,00 o litro da gasolina. Só valerá a pena abastecer com etanol no Estado se a gasolina subir 30%.

Já no Piauí o reajuste necessário na gasolina para motivar o consumidor a abastecer com etanol seria de 27,76% e, no Amapá e em Sergipe, de 25% e 24%, respectivamente, aponta o levantamento do Estado.

Os Estados onde há a maior possibilidade de o reajuste da gasolina fazer o dono de um carro flex trocar o combustível, hoje mais vantajoso, pelo etanol são Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Nestes Estados, basta um aumento de cerca de 1,3% no preço da gasolina para o etanol ser mais competitivo, segundo cálculos do Estado.

Subsídio. Os usineiros atribuíram a perda da competitividade do etanol ao subsídio da gasolina pela Petrobrás, que vende no Brasil o combustível abaixo dos preços internacionais.

A diferença entre o valor pago para importar gasolina e o valor recebido para vender o combustível no Brasil sai do caixa da própria Petrobrás e levou a uma corrosão do resultado financeiro da estatal. A prática faz parte de uma tentativa do governo de segurar a inflação.

Como a maioria da frota brasileira é flex, o subsídio à gasolina tem impacto direto na demanda por etanol. O setor está há anos sem investir em novas usinas e cerca de 10% das 400 unidades existentes estão paradas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Para a Unica, o reajuste de 4% na gasolina, anunciado na sexta-feira, "poderia significar uma leve e pontual melhora na competitividade do etanol".

A entidade, no entanto, ressaltou, em comunicado, que o reajuste de 8% no diesel, também anunciado na sexta-feira, "elimina qualquer benefício em potencial para o etanol que o aumento da gasolina pudesse produzir".

O diesel é um dos insumos mais importantes para a produção de etanol, já que a colheita e a atividade nas usinas são processos mecanizados e abastecidos com diesel.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gasolina-mantem--vantagem-sobre-etanol--,1103104,0.htm

» 'Não vejo fusão de digital e tradicional’, diz novo executivo da Publicis

Rede do grupo Publicis será comandada por executivo com passagens pelos grupos Rhodia, Citibank e Vivo

Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo


Na quarta-feira da semana passada, um dia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, para o mercado brasileiro, a fusão mundial entre os grupos Publicis e Omnicom - um negócio de US$ 35 bilhões que formou o maior grupo global de agências -, uma das redes da Publicis, a Publicis Worldwide, anunciou a contratação de um presidente para a operação brasileira.

O executivo Roberto Lima, que até 2011 foi presidente da Vivo, vai comandar uma rede que concentra nove operações, incluindo as agências Talent, QG, Razorfish, Salles Chemistri e Publicis Brasil. Ele também será membro do conselho mundial da Publicis Worldwide, na França.

Lima, que passou os últimos dois anos como conselheiro em seis empresas, veio para assumir a operação brasileira após o comando da Publicis Worldwide perceber que não conseguiria mais administrar à distância o negócio no País.

O executivo diz que não está chegando para fazer mudanças radicais na Publicis Worldwide e não vê espaço para fusões. Embora seja "verde" no setor de publicidade, as passagens pelos grupos Telefônica, Citibank e Rhodia lhe deram experiência do outro lado da mesa de negociações sobre campanhas publicitárias - a dos clientes. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o sr. estava fazendo após deixar a Vivo?

Eu deixei a Vivo em julho de 2011. Naquele momento tomei a decisão de que encerraria a carreira de executivo para participar de conselhos de administração. Estava servindo a seis conselhos: Pão de Açúcar, Natura, Telefônica, Rodobens, a francesa Edenred e a Naspers, na África do Sul. A Naspers tem o Buscapé e uma participação de 30% na Editora Abril no Brasil. Fiz um pouco de aconselhamento também, mas não estava satisfeito.

O que lhe interessou no setor publicitário?

Comecei numa metalúrgica, na área de sistemas. Depois fui para a Rhodia, que é química e têxtil. Depois vieram Accor, de hotel e serviços, e Citibank, na área de cartões de crédito. E finalmente a Vivo. Acho que o convite me atraiu não só por ser um setor novo, mas também por sua importância na sociedade. Aquilo que as empresas dizem à comunidade pode ter impacto forte. O consumidor não quer só fazer uma boa escolha. Ele quer aprender, entender e usar da melhor forma possível (o produto).

Como a sua experiência corporativa pode ser aplicada?

A publicidade tradicional no Brasil é forte, criativa e reconhecida internacionalmente. Mas o brasileiro gosta das novas mídias, como as redes sociais. Temos 260 milhões de celulares no País, que são o último objeto do qual as pessoas se despedem antes de dormir e o primeiro que veem pela manhã. Gostaria de ajudar a descobrir como esse canal pode complementar a mídia de massa.

A experiência na Vivo pode ajudar nisso?

Acho que sim. Na Vivo, tivemos experiência em serviços de valor agregado. Era uma visão muito além de só manter as pessoas conectadas para falar e ter acesso à internet. A experiência em hotelaria, na Accor, me ajudou a ter uma sensibilidade muito grande sobre o consumidor.

O sr. terá o papel de ajudar a orquestrar a integração entre Publicis e Omnicom na sua rede de agências?

Nem comecei, tenho muito o que entender antes de me preocupar com o que não está sob minha gestão. O que está sob minha gestão são as agências da Publicis Worldwide. Esse é o meu ambiente trabalho no momento.

Qual será seu papel no relacionamento com os clientes?

Fui cliente de agências por muito tempo, como executivo. Por isso, talvez seja mais fácil entender e me colocar na posição do cliente.

O sr. sai dos conselhos ao assumir esse cargo?

Tenho um acordo com a Publicis de que vou permanecer em alguns conselhos. Ainda não posso dizer quais, pois tenho de conversar com as empresas.

O sr. acredita em convergência entre agências digitais e tradicionais?

Acho que é difícil que a gente consiga fazer integração entre uma agência digital e uma tradicional. São traços culturais muito fortes, que exigem capacidades diferentes. É possível fazer um trabalho de sinergia para que as duas mídias se complementem.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,nao-vejo-fusao-de-digital-e-tradicional-diz-novo-executivo-da-publicis,1103057,0.htm

» Vencedor do Nobel de Economia alerta para bolha em ações nos EUA e imóveis no Brasil

Reuters

Um dos norte-americanos que venceram o Prêmio Nobel de Economia de 2013 acredita que as fortes altas nos preços do mercado de ações dos Estados Unidos e do setor imobiliário em algumas cidades do Brasil podem provocar uma perigosa bolha financeira.

Robert Shiller venceu o prêmio com outros dois norte-americanos por pesquisas sobre preços do mercado acionário e bolhas de ativos.

"Ainda não estou soando o alarme. Mas, em muitos países, as bolsas de valores estão em um nível alto e preços subiram com força em alguns mercados imobiliários", disse Shiller à revista alemã Der Spiegel na edição deste domingo. "Isso pode acabar mal", acrescentou.

"Estou preocupado principalmente com o 'boom' do mercado acionário dos EUA, também porque nossa economia ainda está fraca e vulnerável", disse, acrescentando que os setores financeiro e tecnologia podem estar sendo superestimados.

Ele também apontou os valores "drasticamente" altos de propriedades no Rio de Janeiro e em São Paulo, no Brasil, nos últimos cinco anos.

"Lá, me senti um pouco como nos EUA em 2004", disse, acrescentando que tem ouvido argumentos sobre oportunidades de investimentos e o crescimento da classe média que já havia escutado nos EUA perto do ano 2000.

O colapso do mercado imobiliário dos EUA ajudou a motivar a crise financeira global de 2008 e 2009.

"Bolhas são assim. E o mundo ainda está muito vulnerável a uma", disse.

As bolhas são criadas quando investidores não reconhecem que os crescentes preços de ativos se distanciaram de fundamentos econômicos.

(Por Madeline Chambers)

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,vencedor-do-nobel-de-economia-alerta-para-bolha-em-acoes-nos-eua-e-imoveis-no-brasil,1102991,0.htm

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

» Dólar abre em leve queda, inverte e opera perto da estabilidade

Já para a inflação em 2013, pesquisa Focus reduziu previsão para 5,82%

Eduardo Cucolo - Agência Estado

BRASÍLIA - Economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus mantiveram a previsão para a taxa Selic em 2013 em 10% ao ano. Já para o fim de 2014, a mediana das projeções subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. A taxa Selic está hoje em 9,50% ao ano. A expectativa agora é de que suba para 10,00% ao ano na próxima reunião do Copom, na quarta-feira, 27, de acordo com a mediana da Focus.

A projeção para a Selic média em 2013 segue em 8,38% ao ano há cinco semanas. Para 2014, a taxa média subiu de 10,25% para 10,28% ao ano. Há quatro semanas estava em 10,25% ao ano.

Nas estimativas do chamado Top 5 da pesquisa a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 10,00% ao ano há 12 semanas. Para 2014, está em 11,00% ao ano há duas semanas. Há quatro semanas estava em 10,50% ao ano.

Inflação. A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 caiu de 5,84% para 5,82%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,83%. Para 2014, a projeção subiu de 5,91% para 5,92%. Há quatro semanas, estava em 5,92%. A projeção de inflação para os próximos 12 meses segue em 6,14%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 6,22%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo segue em 5,86%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas se mantém em 5,68%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,88% para 2013 e 5,74% para 2014.

PIB. A previsão de crescimento da economia neste ano continua em 2,50%, no Focus. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 2,10%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,50% e 2,13%.

A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 foi mantida em 1,70%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 2,50%, mesmo porcentual da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,80% para 2013 e de 2,39% em 2014 para o setor.

Os analistas mantiveram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34,55%. Há quatro semanas, estava em 34,50%. Para 2014, subiu de 34,55% para 34,60%. Há quatro semanas, estava em 34,50%.

Câmbio. A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 subiu de R$ 2,27 para R$ 2,30 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus. Há quatro semanas, a projeção era de R$ 2,25. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,40 há 12 semanas.

Transações correntes.  mercado financeiro elevou a previsão para o déficit em transações correntes em 2013. A pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano subiu de US$ 79,55 bilhões para US$ 79,60 bilhões.

Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas passou de US$ 70,50 bilhões para US$ 71,50 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 79,00 bilhões para 2013 e em US$ 73,35 bilhões para 2014.

Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 1,20 bilhão para US$ 1,40 bilhão. Quatro semanas antes, estava em US$ 1,97 bilhão. Para 2014, a projeção subiu de US$ 8,00 bilhões para 8,10 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 8,50 bilhões.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 (está no mesmo valor há 50 semanas). Para 2014, também foi mantida em US$ 60,00 bilhões. Está no mesmo valor há 67 semanas.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,mercado-eleva-para-105-projecao-para-juro-basico-em-2014,170795,0.htm

» Dólar abre em leve queda, inverte e opera perto da estabilidade

Moeda-norte-americana se alinhou à alta do dólar no mercado futuro, puxada após acordo de países do Ocidente com o Irã

Fernando Travaglini e Eduado Cucolo, da Agência Estado

SÃO PAULO - O mercado de câmbio interno abriu nesta segunda-feira, 25, com o dólar em leve queda no mercado à vista, cotado a R$ 2,2820 (-0,13%), antes de rumar para o terreno positivo para uma máxima de R$ 2,290 (+0,22%). O desempenho à vista se alinhou à alta do dólar no mercado futuro, que é puxada pela valorização da divisa no exterior devido ao acordo entre potências mundiais e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.

Por volta de 10h40, o dólar operava perto da estabilidade, em alta de 0,04%, a R$ 2,2860.

A divisa dos EUA aponta valorização ante o euro e o iene, após o Irã ter aceitado congelar temporariamente seu programa de enriquecimento de urânio num acordo com Estados Unidos e mais cinco potências mundiais, obtendo em troca o alívio de sanções que reprimem a economia do país. A expectativa imediata é de que a queda do petróleo poderia ajudar na recuperação da economia norte-americana.

Aqui, a leve queda inicial do dólar à vista ocorreu com pouca liquidez e refletindo expectativas de ingressos de recursos, além da influência dos leilões de swap cambial. 

No leilão diário, o Banco Central vendeu nesta segunda-feira, 25, os 10 mil contratos de swap cambial ofertados para o vencimento de 2/6/2014, no valor de US$ 496 milhões, mas rejeitou as propostas para 5/3/2014. A taxa nominal foi de 1,5492% e a linear de 1,533%. O PU mínimo dos contratos negociados para este vencimento ficou em 99,205800. A taxa de corte foi de 80%.

Os contratos negociados pelo BC hoje terão como data de emissão e liquidação o dia 26/11/2013. Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários. 

No começo da tarde, o BC dá continuidade ainda à rolagem do vencimento de pouco mais de US$ 10 bilhões em swap cambial que vencem em 2 de dezembro.

Vale destaque ainda a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa amanhã. Os juros futuros abriram "de lado" na BM&FBovespa, reforçando a convicção de uma nova elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 10% ao ano na quarta-feira, 27. Entre os contratos mais longos, o viés até o momento é de leve alta, com as apostas de duas subidas da taxa básica em 2014, nos encontros de janeiro e fevereiro do próximo ano.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,dolar-abre-em-leve-queda-inverte-e-opera-perto-da-estabilidade,170804,0.htm

» Emendas do Congresso vão custar R$ 22 bi

Com orçamento impositivo, gastos com emendas parlamentares vão quintuplicar em relação ao que vinha sendo efetivamente liberado

Mauro Zanatta - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Na contramão do discurso da presidente Dilma Rousseff e de líderes governistas no Congresso em torno de um pacto para evitar novos gastos, os parlamentares embutiram na lei orçamentária de 2014 uma elevação permanente e obrigatória de despesas em pleno ano eleitoral.

Deputados e senadores incluíram na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, antes mesmo de ter sido aprovado o chamado orçamento impositivo, a execução obrigatória de R$ 8,7 bilhões em emendas individuais.

O gasto efetivo médio com esses pagamentos nos últimos quatro anos somou R$ 4 bilhões, mas para todas os tipos de emendas - setoriais, de bancadas e do relator-geral.

Ou seja, o Congresso mais que dobrou esses gastos, mas, agora, tornando-os compulsórios. Além disso, com o orçamento impositivo, acabou por indexar as emendas individuais a 1,2% da receita corrente líquida da União. A tendência é haver um aumento nominal significativo desses valores.

É um sinal contraditório ao mercado. Isso porque o governo teve de ceder à pressão de sua base política, que ameaçava aprovar vários projetos prevendo gastos altíssimos já em 2014.

A presidente Dilma reuniu o conselho político dos aliados no Congresso e fez pacto para frear projetos da chamada "pauta bomba" de despesas permanentes, como piso para policial, agente de saúde e professor.

Com isso, tentou mandar recados de firmeza no controle dos gastos públicos e garantir o esforço fiscal, principalmente para influenciar os humores do mercado financeiro, atento ao que considera uma deterioração nas contas da União.

Dilma ainda pode vetar o orçamento impositivo, ou parte dele, já que a proposta de emenda constitucional voltou à Câmara após ser aprovada na semana passada pelo Senado.

Gasto per capita. Em 2014, cada um dos 594 deputados e senadores pode indicar R$ 14,68 milhões em gastos de emendas em suas bases eleitorais. No total, serão R$ 21,95 bilhões em emendas do Congresso. O principal motivo do grande volume de emendas é a reestimativa de receitas de R$ 12,11 bilhões promovida pelos parlamentares na lei orçamentária para 2014.

Análise sobre a proposta do orçamento impositivo feita pela Consultoria de Orçamento da Câmara critica a obrigação pura e simples de pagar as emendas individuais por colocar em risco a política fiscal da União.

Essas despesas, hoje consideradas discricionárias, passam a ser classificadas como obrigatórias. "Estaria, assim, impossibilitado de ser contingenciado (bloqueado)", diz, em nota, o diretor Ricardo Alberto Volpe.

Para especialistas, haveria "limitação e constrangimento" do principal instrumento de ajuste do governo para atingir objetivos da política fiscal. "Daí a necessidade de, adotado o modelo, que sejam impostos limites financeiros que preservem o equilíbrio fiscal", diz Volpe.

Especialistas propõem a submissão das emendas individuais a critérios, programas ou iniciativas prioritários, definidos nas leis de diretrizes orçamentárias, ou mesmo no parecer preliminar do projeto de LOA. Com isso, estariam garantidas a "funcionalidade e efetividade do sistema de planejamento e orçamento" da União.

Especialistas em orçamento avaliam haver razão para um meio termo na relação entre Congresso e governo, já que os dados desde 2009 mostram baixo nível de pagamento das emendas parlamentares. Em 2009, foram R$ 1,39 bilhão do total de R$ 6,26 bilhões autorizados (22%). Em 2010, R$ 1,96 bilhão de R$ 7,7 bilhões (25%). Em 2011, R$ 2,17 bilhões de R$ 6,76 bilhões (32%).

Na comparação com a receita corrente líquida da União, os pagamentos de emendas chegaram, no máximo, a 0,415% do total em 2010, resultado bem inferior aos 1,2% agora embutidos na nova lei orçamentária.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,emendas-do--congresso-vao--custar-r-22-bi-,1100280,0.htm

» ‘Mercado requer atenção do investidor’, diz gestora do Banco do Brasil

Mercado financeiro deve ser marcado pela liquidez no ano que vem, de acordo com Takahashi

Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo

O presidente da BBDTVM, gestora de fundos do Banco do Brasil (BB), Carlos Massaru Takahashi, não vê facilidade no cenário de investimento. "A gente ainda olha o mercado com bastante volatilidade, o que requer atenção do investidor", afirma. A gestora de fundos é a maior do País, e administra R$ 483,29 bilhões - detém 20,61% do mercado.

Takahashi também é vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar de a poupança estar com captação recorde neste ano, ele diz que a indústria de fundos ainda é competitiva. "Os fundos que estão disponíveis concorrem tranquilamente com a poupança."

A conversa com Takahashi faz parte de uma série de entrevistas do Estado com os principais gestores de recursos de bancos. A seguir os principais trechos da entrevista.

Qual sua expectativa para a taxa de juros? 

Acredito numa elevação da taxa de juros (Selic) na casa dos 10% este ano por causa das últimas manifestações do Banco Central. E, no ano que vem, enxergo alguma coisa como 10,25%. Essa alta se deve a uma inflação, ainda sob controle, mas persistente num patamar de 6%, nível que a gente imagina que vá permanecer ao longo de 2014.

Por que a inflação vai se manter persistente?

Temos alguns cenários que nos levam a essa conclusão. O real deve ficar um pouco mais depreciado por causa da questão internacional e de uma 'reprecificação' do risco soberano do País. Ou seja, a pressão inflacionária deve continuar, assim como a necessidade de manter um aperto monetário maior. Mas não estamos falando de um choque amplo (na alta dos juros).

Qual é a avaliação da economia internacional?

Para o ano que vem, a gente continua acreditando no crescimento disseminado das principais economias, como é o caso dos Estados Unidos. A Europa vai continuar saindo da recessão. O Japão ainda deve ter um avanço interessante. E a China, com todas as medidas estruturais que estão sendo adotadas pelo governo local, deve ter um crescimento próximo de 7,5%.

Qual será o impacto da normalização da política do Federal Reserve, o Fed, banco central dos Estados Unidos?

A retirada dos estímulos pelo Fed deverá ser gradual, mesmo que ela comece em dezembro. Isso pode fazer com que se tenha um ajuste de fluxos (na economia mundial) um pouco mais tênue do que alguns analistas acreditam.

Diante desse cenário, como ficam os investimentos?

A gente ainda olha o mercado com bastante volatilidade, o que requer atenção do investidor. Em 2014, ainda vai se valorizar bastante a liquidez. E não é possível pensar num cenário de longo prazo sem ver um risco maior. Também enxergamos oportunidades nos prazos mais curtos. É onde temos procurado atuar. A gente tem buscado esse foco, com uma posição conservadora e pé no chão na renda fixa.

Quais são essas estratégias de investimento na renda fixa?

Faz mais sentido uma opção mais leve em juros prefixados e inflação. Nessa estratégia, há um enfoque muito forte na liquidez e estamos evitando posições sujeitas a um nível de volatilidade maior.

E no cenário de longo prazo da renda fixa?

Os fundos de crédito privado e os ativos vinculados à infraestrutura podem ser considerados uma oportunidade bastante interessante por causa dos incentivos tributários desses produtos.

Como o sr. analisa o investimento na renda variável?

De forma geral, na renda variável é preciso um enfoque na gestão ativa. Os fundos setoriais e de dividendos, por exemplo, continuam sendo boas alternativas, além dos fundos stock picking (estratégia de seleção de ativos). Com o crescimento das economias mundiais, também temos uma agenda exportadora pela frente, e as empresas do setor podem ser favorecidas na Bolsa.

Quais setores o sr. acha que podem se beneficiar?

A gente espera um cenário positivo para os setores de siderurgia, mineração e papel e celulose, porque são ligados à exportação.

E as apostas nas empresas focadas no mercado doméstico?

Tivemos uma safra de bons resultados no terceiro trimestre em termos de fundamentos de diversos segmentos. Mas chamou muito a atenção o desempenho do setor financeiro e de educação. Recentemente, os dois IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) na área de educação - o da Ser Educacional e da Anima Educação - foram muito bem sucedidos. E, no setor financeiro, é possível notar nos balanços que as principais instituições conseguiram fazer um bom trabalho na questão da eficiência. Os bancos melhoraram bastante a estrutura de resultados.

Para 2014, o que muda da estratégia deste ano? 

A gente faz uma contínua revisão da estratégia de investimento. Os ajustes em parte das nossas carteiras está sendo realizado e ocorreu especialmente neste segundo semestre quando passamos a ter uma nova perspectiva da Bolsa, com algum nível de recuperação.

A poupança tem batido recorde de captação este ano. Vale a pena investir num fundo? 

No cenário que a gente trabalha hoje, vale com certeza. O investidor recorre à poupança por várias razões, mas, às vezes, ele não se dá conta de que a poupança tem aniversário. Então, se ele saca o dinheiro fora do aniversário, perde toda a rentabilidade. Ao contrário, na indústria de fundos, se o investidor saca depois de 15 dias, ele vai ter a rentabilidade do período, ainda que esteja sujeito a todos os custos que a indústria tem. Nesse patamar de juros, indiscutivelmente as instituições financeiras têm opções de fundos para conseguir preservar o capital do investimento e obter um retorno.

Mas os custos da indústria de fundo estão sendo reduzidos?

Já tivemos um movimento grande (de redução) no período em que houve uma sinalização de que a taxa de juros chegaria a 8,5% ao ano. Houve uma grande discussão no mercado sobre a competitividade da indústria de fundos em relação à poupança para manter o equilíbrio entre as duas alternativas. Naquela época, o governo implementou a sistemática do redutor. Mas hoje, com a taxa de juros atual, os fundos que estão disponíveis concorrem tranquilamente com a poupança.

Antes se falava no ganho de 1%. Qual é novo número que o investidor deve buscar?

Falava-se muito em 1%, fazendo uma conta fácil, porque o mercado acaba encontrando alguns números cabalísticos ou de referência para ficar mais fácil. O investidor espera sempre que a aplicação proporcione algo acima da inflação, tenha um prêmio de risco, além de uma terceira variável, que é a competência do gestor. Hoje, eu acho que o investidor tem de olhar todos esses aspectos.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mercado-requer-atencao-do-investidor-diz-gestora-do-banco-do-brasil,1100316,0.htm

» Saiba como ganhar dinheiro com a internet em debate na ‘TV Estadão’

Envie suas dúvidas sobre comércio eletrônico para o próximo ‘Estadão Negócios Interativos’, que vai ao ar nesta quarta, às 10h


Economia & Negócios


SÃO PAULO - Como aproveitar as ferramentas da internet para abrir ou ampliar o seu negócio? Quais as oportunidades oferecidas pelo comércio eletrônico no mercado brasileiro? Essas perguntas serão respondidas em debate ao vivo no Portal doEstadão nesta quarta-feira, 27, às 10hs.

O programa faz parte do "Estadão Negócios Interativos", que reúne economistas, empresários e empreendedores para discutir assuntos econômicos relevantes e responder questões dos internautas sobre o ambiente de negócios. A série tem o apoio do HSBC.

Os dois convidados desta vez serão Helisson Lemos, diretor geral do MercadoLivre Brasil, e Ana Julia Ghirello, principal executiva do portal bomnegocio.com.

O MercadoLivre é um dos 50 sites mais visitados do mundo e o décimo site de e-commerce mais acessado do planeta. É líder em visitantes únicos em todos os países da América Latina e lidera o comércio eletrônico no Brasil, onde atua desde 1999.

O Bom Negócio está presente em mais de 26 países e faz parte do grupo de mídia norueguês Schibsted Media.

As perguntas para os convidados podem enviadas pelo e-mail estadaonegocios@estadao.com.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,saiba-como-ganhar-dinheiro-com-a-internet-em-debate-na-tv-estadao,170737,0.htm

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

» Após 4 quedas seguidas, inadimplência do consumidor sobe 3,7% em outubro

Economistas da Serasa Experian atribuem a alta da inadimplência a fatores sazonais como o maior volume de vendas pelo Dia da Criança e o maior número de dias úteis em relação a setembro

Gabriela Lara, da Agência Estado

SÃO PAULO - O Indicador de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta segunda-feira (18) pela Serasa Experian, registrou alta de 3,7% em outubro em relação a setembro. Este foi o primeiro avanço do indicador após quatro quedas mensais consecutivas. No acumulado de janeiro a outubro de 2013, ante o mesmo intervalo do ano anterior, o índice recuou 0,6%, representando a primeira queda histórica da série para o período.

Em nota distribuída à imprensa, os economistas da empresa atribuem a alta da inadimplência do consumidor em outubro a fatores sazonais como o maior volume de vendas pelo Dia da Criança e o maior número de dias úteis em relação a setembro. Por isso, o resultado não pode ser interpretado como uma reversão de tendência do atual momento de diminuição dos níveis de inadimplência dos consumidores, segundo o texto.

A aceleração do indicador em outubro foi puxada pelas dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia, água, etc.), que tiveram variação positiva de 5,1%. Já a inadimplência com os bancos subiu 0,9%, os títulos protestados cresceram 16,8% e o número de cheques sem fundos aumentou 10,6%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,apos-4-quedas-seguidas-inadimplencia-do-consumidor-sobe-37-em-outubro,170272,0.htm

» Com poucos ajustes, mercado reduz previsão para inflação em 2013 e 2014

Na pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, analistas também reduziram projeções para o desempenho da produção industrial e do superávit da balança comercial

Célia Froufe - Agência Estado

BRASÍLIA - Analistas do mercado financeiro apresentaram poucos ajustes em suas projeções para a taxa de inflação oficial do País. Conforme o relatório de mercado Focus, publicado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 passou de 5,85% para 5,84.%. Há quatro semanas estava em 5,83%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação caiu de 5,93% para 5,91% de uma semana para outra, enquanto a taxa vista um mês atrás era de 5,94%.

A estimativa para o IPCA de novembro foi recalculada de 0,67% para 0,66%. A taxa é levemente menor do que a esperada um mês atrás, de 0,67%. No caso da mediana das estimativas para o índice em dezembro, houve aumento da taxa de 0,70% para 0,71% ante o porcentual de 0,70% registrado quatro semanas antes.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,86% como já estava a taxa vista uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,88%. No caso de 2014, porém, esse mesmo grupo revisou com bastante ênfase a expectativa para a inflação oficial do ano que vem, passando de 5,61% para 5,68% esta semana. Um mês atrás, a projeção era de 5,74%.

Superávit comercial. A balança comercial será ainda mais fraca este ano do que o imaginado inicialmente. Pelo relatório Focus, o saldo comercial será de US$ 1,20 bilhão, e não mais de US$ 1,55 bilhão, conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 2 bilhões para o comércio internacional brasileiro.

Também para 2014, o mercado demonstrou mau humor ao reduzir a mediana esperada para o saldo de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões. O resultado esperado pelos analistas agora é menor também do que o projetado um mês antes, de US$ 8,20 bilhões.

A previsão mediana para o rombo da conta corrente passou de US$ 79 bilhões neste ano para US$ 79,55 bilhões. Para 2014, a mediana para a previsão de déficit saiu de US$ 70,80 bilhões para US$ 70,50 bilhões. Esta é a quinta rodada seguida de revisões na mesma direção, de acordo com a pesquisa Focus. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 74,40 bilhões.

Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral nos dois casos. Há 49 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 66 semanas para o de 2014.

Já relação dívida/PIB ficou estacionada em 34,55% para 2013, segundo analistas consultados pela Focus. Um mês antes, o mercado já aguardava esta proporção para o resultado deste ano. Para 2014, a pesquisa também chegou à marca de 34,55%, a mesma vista um mês antes, mas a mediana estava em 34,40% para o fim de 2014 na semana anterior.

Câmbio. Depois de um período de congelamento das expectativas, os analistas do mercado financeiro promoveram ajustes em suas planilhas para o comportamento do câmbio. A mediana das estimativas para o dólar para o final de 2013 subiu de R$ 2,25, como já constava uma semana e um mês antes, para R$ 2,27 agora. Para o final de 2014, no entanto, as previsões para o dólar ficaram estancadas em R$ 2,40 pela 11ª semana consecutiva.

Já no caso do câmbio médio, houve uma curiosa inversão do comportamento das previsões, já que, para 2013, a taxa ficou estacionada em R$ 2,16 pela quarta semana consecutiva. No caso de 2014, foi detectado um leve ajuste, com a mediana das estimativas passando de R$ 2,33 para R$ 2,35 - quatro semanas atrás, estava em R$ 2,34.

Selic. Uma semana antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os analistas mantiveram suas estimativas para a taxa básica de juros, a Selic. A previsão para o final de 2013 ficou estacionada em 10,00% ao ano pela quarta semana consecutiva. Atualmente, a Selic está em 9,50% ao ano.

No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das previsões para os juros básicos da economia seguiu em 10,25% aa de uma semana para outra. Também há quatro levantamentos a mediana não sai deste patamar. Sem mudanças nas estimativas, foram mantidas as médias deste ano (8,38%) e também a média para 2014 (10,25%). Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente em 8,38% e 10,19% ao ano. 

Produção industrial. Continua em trajetória firme de queda a mediana das previsões do mercado financeiro para a produção industrial. A mediana das expectativas para este indicador em 2013 foi revisado para baixo, saindo de 1,72% na semana passada para 1,70% agora - um mês atrás estava em 1,84%. Para 2014, no entanto, houve uma elevação do patamar de 2,42% para 2,50%, mesmo nível visto um mês antes.

Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2,50% pela quarta semana consecutiva. Para 2014, a previsão mediana foi ajustada de 2,11% para 2,10% de uma semana para outra - há quatro semanas estava em 2,20%.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,com-poucos-ajustes-mercado-reduz-previsao-para-inflacao-em-2013-e-2014,170271,0.htm

» Clientes gastam mais com serviços bancários

O custo do crédito continua estável, apesar da alta da Selic, e bancos compensam redução de margens financeiras com receita de serviços

Josette Goulart - O Estado de S.Paulo

Os resultados consolidados das grandes instituições financeiras até o terceiro trimestre deste ano mostram que o crédito não está mais caro mesmo com a escalada da taxa Selic, mas o brasileiro está gastando mais com tarifas e serviços bancários.

Na média, a receita com crédito das quatro maiores instituições do país - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander - cresceu apenas 0,05% nos nove primeiros meses do ano, segundo dados consolidados pela Austin Rating, e só não teve um decréscimo em função do forte aumento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil. Já a receita com serviços cresceu na média 12%, com o Itaú Unibanco registrando o maior crescimento no período.

Os bancos não conseguiram acompanhar a forte escalada dos juros futuros e por isso mesmo estão revisando para baixo as projeções que fizeram para o ano. Isso significa que os "spreads", a diferença entre o que o banco paga para ter o dinheiro e o quanto cobra para emprestá-lo a seus clientes, continuam caindo. Alguns analistas entendem que as instituições financeiras não vislumbraram que os juros subiriam tanto e estão perdendo com o descasamento entre os empréstimos que concederam e o aumento de seus custos de captação.

Essa foi a explicação dada pelo Banco do Brasil, na semana passada quando divulgou seus resultados do terceiro trimestre, para revisar suas expectativas pela segunda vez no ano. O banco começou o ano acreditando que as margens financeiras cresceriam entre 7% e 10%. Agora a expectativa é de que cresça entre 2% e 5%. Nos primeiros nove meses, cresceu 2,3%, mesmo com o forte crescimento de 23% da sua carteira de crédito.

No Bradesco, a explicação para a revisão das projeções foi a redução do ritmo de crescimento do crédito. O banco previa ter margens maiores entre 4% a 8% e agora estima um crescimento máximo de 3%. O diretor executivo da instituição, Luiz Carlos Angelotti, explicou durante a teleconferência dos resultados do balanço do terceiro trimestre que o crédito representa 75% destas margens e o crescimento mais modesto do que o previsto no início do ano levaram à revisão das margens.

Itaú e Santander não divulgaram projeções no início do ano. De acordo com o balanço dos dois bancos, as margens estão caindo. O Santander teve uma queda de 10% na sua margem líquida de juros e o Itaú registrou queda de 12%, ao que o banco atribuiu à mudança de mix de sua carteira.

O analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, justamente ressalta esse ponto e diz que todos os bancos estão mais conservadores e crescendo em linhas como consignado, imobiliário e grandes empresas, onde os spreads são menores: "Para crescer em resultado, os bancos estão aumentando a eficiência e focando em serviços."

Apesar do crescimento médio de 12%, as receitas com serviços ainda representam menos de um terço das receitas com crédito. Atingiram, em conjunto, R$ 56,76 bilhões em setembro, ante os R$ 167,8 bilhões de crédito. O Itaú foi o que mais cresceu, com 15,8%, seguido do Bradesco com 14,4%. O diretor do Itaú, Rogério Calderón, disse que este foi uma alta não em função de maior número de clientes, mas porque os clientes estão buscando mais serviços.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,clientes-gastam-mais-com-servicos-bancarios-,1097861,0.htm

» Zona do euro tem maior superávit comercial para setembro desde 1999

A zona do euro teve um superávit comercial de € 13,1 bilhões em setembro, ante saldo também positivo de € 6,9 bilhões em agosto

Sergio Caldas e Fernando Ladeira, da Agência Estado - Agencia Estado

SÃO PAULO - A zona do euro teve um superávit comercial de 13,1 bilhões de euros em setembro, ante saldo também positivo de 6,9 bilhões de euros em agosto e de 8,6 bilhões de euros em setembro do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 18.  

O resultado de setembro é o maior para o mês desde 1999, mas ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam superávit de 14 bilhões de euros.

Conta corrente. O superávit em conta corrente da zona do euro caiu em setembro ante agosto, segundo dados do Banco Central Europeu (BCE, na sigla em inglês).

O saldo em conta corrente, uma medida ampla da posição financeira internacional de uma economia, teve um superávit de 13,7 bilhões de euros em setembro, após um superávit de 17,9 bilhões de euros em agosto.

O superávit do bloco no comércio de bens recuou para 13,7 bilhões de euros em setembro, de 14,7 bilhões de euros em agosto, assim como no setor de serviços a conta caiu para 7,6 bilhões de euros, de 8,2 bilhões de euros no mês anterior. O superávit para a renda caiu para 2,5 bilhões de euros em setembro, de 4,8 bilhões de euros em agosto.

O déficit em transações correntes caiu para 10,9 bilhões de euros no nono mês do ano, de 11,4 bilhões de euros em agosto. Os dados são ajustados por efeitos sazonais e levam em consideração o número de dias úteis de cada mês.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,zona-do-euro-tem-maior-superavit-comercial-para-setembro-desde-1999,170266,0.htm

» Em dia de ajustes, dólar à vista opera em queda

Moeda se alinhou ao desempenho negativo do dólar nos EUA, onde agentes financeiros reduzem posições após indicadores ruins da economia norte-americana

Agência Estado

SÃO PAULO - O dólar abriu nesta segunda-feira, 18, em queda ante o real no mercado à vista, alinhado ao desempenho negativo da moeda norte-americana em relação a seus principais pares no exterior.

Por aqui, o movimento é mais acentuado em ajuste à sexta-feira, 15, quando as bolsas locais ficaram fechadas em função do feriado da Proclamação da República e a moeda dos EUA sofreu com dados mais fracos do que o esperado da indústria norte-americana.

Os indicadores ruins dos Estados Unidos divulgados na sexta-feira reforçaram os sinais dados por Janet Yellen, durante sabatina no Senado na quinta-feira, 14, de que os estímulos à economia podem não ser retirados neste ano. Yellen foi indicada por Barack Obama para ocupar a presidência do Fed em 2014 e a decisão dos senadores deve ser anunciada nesta semana.

O dólar à vista abriu a R$ 2,3030 (-0,73%) no balcão. A moeda renovou mínimas sequenciais, respondendo a um fluxo positivo de entrada de recursos no mercado. Às 10h, o dólar à vista testou uma mínima a R$ 2,280 (-1,72%).

No mesmo horário, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje, no valor de US$ 495,8 milhões - a operação equivale à venda de dólares no mercado futuro. No caso dos papéis que têm prazo mais curto, 5 de março do ano que vem, foram comercializados 250 swaps cambiais, no valor de US$ 12,5 milhões. Em relação aos contratos que vencem em 2 de junho de 2014, foram vendidos 9,750 mil swaps (US$ 483,3 milhões).

Os papéis negociados pelo BC hoje terão como data de emissão e liquidação o dia 19/11/2013. Esta operação com dois vencimentos faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/ae-mercados-geral,em-dia-de-ajustes-dolar-a-vista-opera-em-queda,170279,0.htm

terça-feira, 12 de novembro de 2013

» Congresso prevê gasolina mais cara e aumento da carga tributária em 2014

Relatório que será votado nesta terça incorpora itens como a ‘correção de preços’ dos combustíveis, eleva a carga tributária para 25% do PIB e estima IPCA de 5,8%

Mauro Zanatta - O Estado de S. Paulo


BRASÍLIA - Em um cenário menos favorável que o traçado pelo governo para 2014, deputados e senadores incorporaram em suas previsões para o ano da eleição presidencial um aumento da carga tributária e uma nova política de preços da Petrobrás, além de estimativas de inflação maior e crescimento econômico mais modesto.

O parecer da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ser votado em plenário nesta terça-feira, prevê o pagamento de R$ 2,9 bilhões em dividendos das estatais, principalmente por causa da "correção dos preços" nos combustíveis vendidos pela Petrobrás. Os parlamentares consideram esse reajuste dos preços "necessário para viabilizar o elevado volume de investimento da empresa" e lembram que a hipótese, pivô de uma disputa interna no governo, está prevista nas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O texto menciona previsão de "receita nula" para a Cide-Combustíveis em 2014 por causa da "presunção de continuidade" da zeragem da alíquota para "evitar aumento dos preços da gasolina e do diesel na bomba e conter o crescimento da inflação".

A reestimativa de receitas, que antecede o relatório geral da comissão, eleva em R$ 12,1 bilhões os ingressos líquidos da União arrecadados por meio de Imposto de Renda, PIS/Cofins, IOF, pagamento de dividendos de estatais, royalties do petróleo e outorgas em telecomunicações.

O texto reduz de 4% para 3,8% o crescimento do PIB e eleva a carga tributária de 24,8% para 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Estima um IPCA de 5,8% em lugar do índice de 5%, "subestimado" pelo governo. Os parlamentares mantêm a projeção de Selic em 9,5% ao ano e estimam o câmbio em R$ 2,30 por dólar.

O relatório do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lista os aumentos de impostos esperados para o ano eleitoral - R$ 310,5 milhões de PIS-Pasep; R$ 511,8 milhões de CSLL; R$ 1,6 bilhão em Cofins; R$ 186,8 milhões em IPI; R$ 2,37 bilhões em IR e R$ 529,7 milhões em IOF.

Também estima pagamento de R$ 8,4 bilhões em compensações financeiras pela exploração de petróleo e gás natural, fato decorrente, sobretudo, do aumento do câmbio.

A comissão prevê uma "forcinha" ao superávit primário de 2014 ao contar com R$ 3,7 bilhões em receitas de outorga dos serviços de telecomunicações, que somariam R$ 10,08 bilhões. São as novas licenças de serviços de telecomunicações, incluindo TV por assinatura, o leilão da frequência de 700 mega-hertz e as parcelas de licitações ocorridas em anos anteriores, como as relativas às bandas 3G, H e 4G. A outorga com concessão de aeroportos permanece em R$ 1,47 bilhão.

O relatório prevê, ainda, R$ 1 bilhão adicionais à Previdência derivados da contribuição de empresas via formalização do mercado de trabalho e ao aumento real dos rendimentos. Em ano de Copa do Mundo, também estima receita de R$ 37,5 milhões de adicional sobre tarifa aeroportuária e R$ 12 milhões de parcela de tarifa de embarque internacional.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,congresso-preve-gasolina-mais-cara-e-aumento-da-carga-tributaria-em-2014,169864,0.htm

» OSX, de Eike Batista, entregou pedido de recuperação judicial

Empresa do setor naval oficializa o mesmo destino tomado pela petroleira OGX em 30 de outubro

Agência Estado e Reuters


SÃO PAULO - A OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, efetivou nesta segunda-feira, 11, pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A OSX solicitou que o processo fosse distribuído por dependência no processo de recuperação judicial da petroleira OGX. A solicitação depende da avaliação do juiz da 4ª Vara empresarial, Gilberto Clovis Farias Matos.

Documento divulgado pela OSX na última sexta-feira diz que o pedido inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda.

A empresa acompanha o mesmo destino da petroleira OGX, que buscou proteção contra credores em 30 de outubro, listando dívidas de mais de RS$ 11 bilhões.

A empresa também informou, na sexta-feira, a demissão de seu presidente, Marcelo Gomes, da consultoria Alavarez&Marsal, que foi substituído por Ivo Dworschak Filho, função que acumulará com a de diretor de Construção Naval.

O fato relevante não menciona a unidade de leasing da OSX, indicando que ela ficará fora da recuperação judicial. Essa subsidiária encomenda a construção das plataformas de produção de petróleo e depois aluga as embarcações para clientes. Sem estar sob o crivo da Justiça, a unidade poderá vender as unidades que possui e levantar montante bilionário.

As últimas informações abertas davam conta de que a OSX tinha uma dívida de R$ 5,3 bilhões. Desse total, R$ 676,4 milhões são referentes são referentes ao financiamento da plataforma OSX-1 com um sindicato de bancos liderados pelo DVB Group; R$,14 bilhão são relativos a uma dívida do OSX-2 com instituições como Itaú BBA, ING e Santander; a Caixa Econômica Federal (R$1,1 bilhão); o BNDES (R$ 548 milhões) e outros (R$ 260 milhões).

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,osx-de-eike-batista-entregou-pedido-de-recuperacao-judicial,169837,0.htm

» Incentivo a exportadores fica no papel

Medidas anunciadas em abril do ano passado para impulsionar exportações ainda não foram implementadas, e Reintegra acaba este ano

Renata Veríssimo - O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - Emperradas na burocracia da máquina pública ou por disputas internas no governo, muitas medidas anunciadas em abril do ano passado para ajudar os exportadores brasileiros ainda não foram implementadas. Um dos capítulos da segunda fase do Plano Brasil Maior - nome dado à política industrial e de comércio exterior do governo Dilma - prometia a ampliação dos financiamentos e facilitação de garantias, sobretudo para pequenas e médias empresas. No entanto, um ano e meio depois, muitas delas ainda estão em discussão.

A urgência na implementação parece ter ficado ainda menor em 2013, depois que o câmbio ficou mais favorável para as empresas e ajudou a frear o ritmo de crescimento das importações. Além disso, o Reintegra, considerado pelas empresas a medida mais importante, está com data para terminar. 

No ano passado, o governo passou a devolver às empresas 3% do valor exportado com manufaturados. Por causa das restrições orçamentárias, o governo anunciou que não renovará a medida, que termina no dia 31 de dezembro. O Reintegra faz parte da primeira fase do Brasil Maior, anunciado em agosto de 2011, mas só entrou em vigor em janeiro de 2012.

Apesar do resultado ruim da balança comercial em 2013, que até outubro apresenta déficit de US$ 1,83 bilhão, a avaliação na equipe econômica é de que os dados da balança comercial foram distorcidos pelos registros atrasados de operações de importações de petróleo que ocorreram em 2012 e pela redução nas exportações da Petrobrás por causa da manutenção das plataformas de petróleo.

O governo espera que, no médio prazo, a exportação de manufaturados seja beneficiada pela depreciação cambial. Outro argumento é que a desoneração da folha de salários das empresas traz ganho de competitividade às exportações. Isso porque ao incidir sobre o faturamento e não mais sobre a folha de salários, a cobrança de tributos não recai sobre as vendas externas.

Custo. "Quero menos câmbio e mais redução de custo", afirmou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A previsão da AEB é de que o déficit comercial de manufaturados será superior a US$ 100 bilhões este ano.

Segundo Castro, o impacto das medidas anunciadas no Brasil Maior foi nulo. "Se você fizer uma avaliação do custo-benefício, o benefício não aparece." Ele também critica a decisão do governo de não renovar o Reintegra. "O Ministério da Fazenda diz que não tem dinheiro para o Reintegra, mas tem para outras coisas que podem gerar votos."

"A não implementação das medidas num momento de maior muita competição internacional redunda na quedas das exportações industriais. Um medida urgente seria a renovação, por vários anos, do Reintegra para que as empresas possam fazer investimentos que garantam as exportações", afirmou Welber Barral, sócio da Barral M Jorge Consultores Associados e ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Entre janeiro de 2012 e 31 de agosto de 2013, a Receita Federal recebeu 9,5 mil pedidos de ressarcimento do Reintegra, totalizando R$ 4,7 bilhões. Segundo o Fisco, R$ 3,2 bilhões foram usados para compensação de débitos de outros tributos, R$ 743 milhões foram ressarcidos em espécie e R$ 864 milhões estão em auditoria fiscal.

Fonte: Estadão.com.br
Link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,incentivo-a-exportadores-fica-no-papel-,1095721,0.htm